Fevereiro laranja: como anda o combate à leucemia infantil

Saiba mais sobre possibilidades de tratamento e prognóstico para leucemia infantil. A atenção aos sintomas iniciais da doença é fundamental.

Letícia Taets | 21 de Fevereiro de 2021 às 12:00

KatarzynaBialasiewicz/iStock -

Em diversos países, o mês de fevereiro é dedicado à campanha Fevereiro Laranja, cujo objetivo é a conscientização da população sobre a leucemia e o incentivo à doação de medula.

A leucemia é um tipo de câncer nos tecidos formadores do sangue, incluindo glóbulos brancos e medula óssea. Especialmente no tocante à leucemia infantil, é importante estar atento aos sintomas para que haja maiores chances de um tratamento ainda no início da doença.

Os tipos de leucemia mais incidentes em crianças são ou a linfoblástica aguda ou a mieloide aguda, tumores agressivos de crescimento rápido, e a mieloide crônica, cujo início é lento, mas pode progredir para uma doença muito mais agressiva.

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Os primeiros sinais costumam ser perda de energia, cansaço e febre. Podem
ocorrer infecções persistentes, sangramento nasal, equimoses, além de dores articulares ou ósseas. A doença geralmente é diagnosticada por exame de sangue e biópsia da medula óssea.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a leucemia linfoblástica aguda – a mais comum entre as crianças brasileiras – tem em torno de 80% de chance de cura (a remissão de cinco anos após o tratamento geralmente é considerada cura).

As razões dos maiores índices de sucesso da Medicina contra a leucemia infantil são o diagnóstico precoce e os programas de tratamento mais sofisticados. Os principais tratamentos são a quimioterapia, a radioterapia e o transplante de células-tronco.

Opções de tratamento da leucemia

Imagem: Frantab/iStock

O modo de tratamento de cada caso varia de uma criança para outra, dependendo de fatores como o tipo de leucemia, sua agressividade e o sucesso de tratamentos anteriores.

Quimioterapia

Na leucemia linfoblástica aguda, a quimioterapia é iniciada tão logo possível após o diagnóstico. Exige a injeção intravenosa de um medicamento citotóxico (tóxico para as células), que destrói as células cancerosas – mas também algumas células saudáveis.

Caso a doença retorne, a quimioterapia é repetida, às vezes em dose maior.

Radioterapia

A radioterapia é útil para destruir todas as células leucêmicas que passaram para o líquido cerebrospinal, que banha o encéfalo e a medula espinal. Por vezes, é administrada após a quimioterapia, para eliminar qualquer célula cancerosa que ainda esteja ali.

Transplante de células-tronco

Quando a quimioterapia destrói tantas células saudáveis na medula óssea que provoca lesão grave do sistema imune da criança, o transplante de células-tronco é o tratamento mais indicado para recuperá-lo.

Isolamento

Tanto a quimioterapia (possivelmente associada à radioterapia) quanto o
transplante de células-tronco podem causar tamanhos danos ao sistema
imune que qualquer infecção pode ser perigosa para o paciente.

Nessas circunstâncias, a melhor proteção é o isolamento em ambiente estéril no hospital.

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