Aumento no número de casos da doença tem causado preocupação entre a população. Saiba tudo sobre a febre oropouche.
Bella Assis | 4 de Março de 2024 às 06:00
Nos últimos meses, o Brasil tem enfrentado não apenas uma, mas duas preocupações relacionadas a doenças transmitidas por mosquitos: a dengue e a febre oropouche. Enquanto a dengue já atingiu mais de um milhão de casos suspeitos desde o início de 2024, a febre oropouche também tem causado alarme devido ao aumento significativo de casos, especialmente na região Norte do país.
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A febre oropache é uma doença viral que se manifesta com frequência na Amazônia, transmitida pela picada do mosquito Culicoides paraenses, popularmente conhecido como maruim. Desde a década de 1970, a doença tem causado surtos no Brasil.
A transmissão da febre oropouche ocorre principalmente por meio da picada do mosquito maruim, comum na floresta amazônica. No entanto, especialistas alertam que outros fatores, como a mobilidade humana, mudanças climáticas e urbanização desordenada, podem facilitar o deslocamento do vírus para novas regiões, criando condições favoráveis para o seu espalhamento.
Os sintomas da febre oropouche são semelhantes aos da dengue, incluindo febre, mal-estar, fadiga, dores musculares e desconfortos intestinais. Em casos mais graves, pode ocorrer meningite. No entanto, a febre oropouche raramente é fatal, e os sintomas geralmente se resolvem em até duas semanas. O diagnóstico preciso requer testes laboratoriais específicos, devido à semelhança com outras arboviroses.
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Atualmente, não há tratamento específico para a febre oropouche, nem vacinas contra a doença. O cuidado é feito com controle dos sintomas e monitoramento do desenvolvimento da doença. Para prevenir a febre oropouche, é essencial controlar a disseminação do mosquito vetor, evitando o acúmulo de lixo e água parada, além do uso de repelentes e roupas que cubram o corpo.
Embora a febre oropouche seja mais prevalente na região amazônica, especialistas alertam que outras áreas do país não estão imunes à doença. A adaptação do vírus a outros mosquitos transmissores, como o Aedes aegypti, pode aumentar o risco de disseminação da doença para novas regiões. O controle do mosquito vetor e a conscientização sobre a doença são essenciais para evitar essa propagação.