A febre oropouche é uma doença infecciosa aguda, que apresenta sintomas similares aos da dengue e zika, mas ainda é pouco comum no Brasil.
Thaynara Firmiano | 4 de Maio de 2021 às 19:00
A febre oropouche é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus de mesmo nome. Assim como a dengue, essa doença é causada por um vírus presente em um mosquito, os chamados: arbovírus. Pouco conhecida no Brasil, a infecção tem se tornado comum nas regiões Norte e Centro-Oeste. Estima-se que no interior do Pará já aconteceram cerca de 30 surtos da doença.
Atenção:
Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico. Nunca se automedique sem antes consultar um médico, principalmente se estiver em algum tipo de tratamento e fizer uso de outros medicamentos.
A infecção pela febre oropouche acontece em dois ciclos: o Silvestre e o Urbano. O ciclo Silvestre é caracterizado pela infecção animal. É comum que macacos, bichos preguiças e algumas aves silvestres se infectem com a doença. Já no ciclo Urbano, o único infectado é o ser humano.
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O principal vetor desta doença é o Culicoides paraensis, também conhecido como borrachudo ou maruim. Outros mosquitos do tipo Aedes e Culex quinquefasciatus, também podem ser transmissores da doença.
A principal forma de prevenção da doença é o uso de repelente, principalmente entre 7h e 9h e 16h e 18h. Nesses horários, o recomendado também é que seja feito uso de roupas longas, com poucas partes do corpo expostas para evitar a picada do mosquito.
Essa doença possui sintomas mais comuns, que podem ser confundidos com outras doenças, como a dengue, zika e chikungunya por exemplo. Os sintomas mais comuns da febre oropouche são:
No entanto, em caso de sintomas comuns, deve-se atentar a sintomas mais específicos dessa doença:
Por se tratar de uma doença do tipo aguda, seus sintomas têm um ciclo específico, que dura entre cinco e sete dias. Em quadros mais graves, a doença pode voltar a apresentar sintomas após um período entre 7 e 14 dias.
O diagnóstico é feito através do exame PCR, mas poucos laboratórios realizam exame para o diagnóstico desse vírus em específico. Com isso, o diagnóstico acaba sendo realizado apenas com base em sintomas, na maior parte das vezes. Bem como com base no histórico do paciente, caso tenha estado em locais onde a infecção pode ocorrer.
O tratamento segue o mesmo protocolo de outras arboviroses: alívio de sintomas. Não é recomendado o uso de medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina), nem que contenha substâncias associadas. Não por conta da febre oropouche, mas pelo fato de que até que se confirme o diagnóstico, ainda há a possibilidade de ser dengue.
A febre oropouche não está ligada a complicações mais graves, no entanto, a doença pode evoluir para meningite viral e até mesmo encefalite. Porém são poucos os casos.