Médicos alertam sobre cuidados necessários para um diagnóstico mais assertivo da doença.
Cadu Guarieiro | 15 de Junho de 2023 às 12:24
Após sofrermos com a pandemia do coronavírus, é normal ficarmos preocupados com o avanço de outras doenças, como a gripe aviária e a febre maculosa, que já matou 4 pessoas em São Paulo, até o momento.
Leia também: 5 dicas para não ser infectado pela febre maculosa, doença que matou 3 em campinas.
Porém, em entrevista à Folha de S. Paulo, especialistas explicaram melhor sobre a doença causada pelo carrapato-estrela.
De acordo com os profissionais da saúde, a febre maculosa é comum na região Sudeste do Brasil, e no norte do Paraná. Atualmente, os principais pontos de contaminação são Campinas, Piracicaba, Jundiaí e Mogi Mirim.
Ainda que o tratamento deva ser imediato, os médicos afirmam que a procura por atendimento só deve ser feita por pessoas que estiveram em locais de infecção e após a aparição de sintomas, como diarreia, dor de cabeça, dores musculares e febre.
Em entrevista ao jornal, Marcos Vinícius da Silva, médico infectologista e diretor do Ambulatório de Doenças Tropicais do Hospital Emílio Ribas, reiterou sobre o risco fatal que acompanha a febre maculosa, e que não é necessário o apontamento de exames para dar início ao acompanhamento.
"A febre maculosa desencadeia uma síndrome hemorrágica grave e a letalitada é alta, chega a 50% dos casos. A pessoa não deve esperar resultados de exames para tratar", afirmou.
André Ribas Freitas, médico epidemologista e professor da faculdade de São Leopoldo Mandic, em Campinas, considera alguns pontos cruciais para um diagnóstico assertivo da doença.
"Se houver febre, tem que informar o médico de que esteve nesses locais para que o especialista possa introduzir o antibiótico adequado".
A afirmação do professor está relacionada à dificuldade de identificação da febre maculosa, tendo em vista a semelhança de seus sintomas com o de outras doenças.
"O quadro inicial pode ser confundido como o de qualquer outra doença, não é muito característico. Pode-se confundir com dengue, com uma gripe um pouco mais forte, com qualquer outro quadro viral que dê febre"
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