Sexólogo revelou cinco fatores que podem silenciar o desejo e como reconhecê-los para melhorar sua vida sexual.
A queda no desejo sexual masculino costuma ser atribuída ao cansaço, à rotina ou ao envelhecimento. Mas a verdade é que existem fatores silenciosos, que são muitas vezes ignorados, que podem reduzir a libido de forma significativa. Do emocional ao físico, passando pelas pressões sociais, esses elementos se acumulam ao ponto de comprometer o prazer, a autoestima e até a qualidade das relações.
Segundo o sexólogo Dr. Vitor Mello, a explicação vai muito além dos hormônios.
“A libido não está apenas relacionada à testosterona, mas a um conjunto de elementos que envolvem a saúde mental e física. Desde hábitos cotidianos até inseguranças pessoais, há vários fatores que podem atrapalhar a vida íntima”, explica.
E, para muitos homens, falar sobre isso ainda é um tabu. Desde cedo, eles aprendem a esconder fragilidades, reprimir emoções e se encaixar em um padrão rígido de masculinidade. Essa pressão constante por desempenho e invulnerabilidade atua como um “silenciador” do desejo, gerando ansiedade, estresse e baixa autoestima.
“Muitos homens sofrem calados, com vergonha de pedir ajuda. A construção social da masculinidade, essa ideia do homem viril e inabalável, é um verdadeiro desserviço”, afirma o especialista, que revela os cinco fatores que mais afetam a libido masculina e como reconhecê-los antes que prejudiquem o bem-estar sexual.
1. Falta de sono: um ladrão de testosterona
Dormir pouco está entre os principais inimigos do desejo sexual. A privação de sono reduz a produção de testosterona, aumenta o cansaço e diminui a disposição para momentos de intimidade.
“Para manter o desejo ativo, é essencial ter uma rotina de descanso adequada”, orienta o Dr. Vitor Mello.
Quando o corpo não descansa, a mente também não funciona bem. E o resultado aparece diretamente na libido e no desempenho.
2. Baixa autoestima e insegurança com a própria imagem
Homens que não se sentem bem com o próprio corpo têm maior tendência a apresentar queda no desejo sexual. Comparações com padrões irreais, autocobrança exagerada e medo de “não performar” geram um ciclo de insegurança e desânimo.
“Insatisfação corporal e falta de confiança impactam diretamente o desejo”, reforça o sexólogo.
Essa autoimagem fragilizada pode fazer com que o homem evite intimidade, esconda inseguranças e silencie frustrações – o que só piora o problema.
3. Consumo excessivo de pornografia
O uso frequente – e principalmente o uso compulsivo – de pornografia interfere na forma como o cérebro reage ao prazer. Com o tempo, o estímulo exagerado de vídeos e imagens explícitas pode:
- criar expectativas irreais sobre sexo;
- reduzir o interesse pelo contato real;
- dificultar a excitação em situações íntimas com um parceiro.
“O consumo constante afeta a resposta do cérebro ao prazer e prejudica a conexão real”, explica o Dr. Mello.
4. Insegurança com o tamanho do pênis
O tamanho do órgão genital ainda é um dos temas que mais comprometem a confiança masculina.
Homens que se sentem insatisfeitos com o próprio corpo podem evitar relações, esconder o desconforto e desenvolver baixa autoestima; tudo isso afeta a libido.
O Dr. Vitor Mello, que também é referência nacional em harmonização íntima masculina, conta que muitos pacientes chegam ao consultório relatando vergonha e bloqueios sexuais:
“A insegurança com o tamanho do pênis interfere diretamente na autoconfiança. Em muitos casos, o homem evita intimidade por medo de julgamento.” A percepção distorcida sobre o próprio corpo leva ao retraimento, diminuindo o desejo e prejudicando a vida sexual.
5. Estresse e ansiedade: vilões silenciosos do desejo
Problemas financeiros, pressões profissionais, conflitos familiares e a necessidade de “dar conta de tudo” colocam o homem em um estado permanente de alerta.
O estresse crônico eleva o nível de cortisol (hormônio que interfere na produção de testosterona) e a ansiedade dificulta o relaxamento, afetando diretamente o desempenho.
“Estresse e ansiedade formam um dos piores combos para a libido masculina”, comenta o sexólogo.
Quando a mente está sobrecarregada, o corpo responde diminuindo o desejo e a disposição.
Por que tudo isso importa?
Esses fatores, quando ignorados, criam um ciclo negativo: menor desejo → mais insegurança → mais ansiedade → queda ainda maior da libido.
“É importante reconhecer e lidar com esses fatores de forma aberta e saudável, para que o homem possa recuperar a confiança e o prazer na intimidade”, orienta o Dr. Vitor Mello. “O autoconhecimento e a busca por ajuda profissional, quando necessário, são fundamentais para restaurar o equilíbrio.”