Estudo aponta que cafeína pode ajudar a combater o Alzheimer

Pesquisadores franceses apontam que os benefícios da cafeína podem auxiliar no tratamento do Alzheimer.

Carol Peres | 12 de Julho de 2024 às 13:37

O Alzheimer afeta a vida de muitas pessoas e segue sendo objeto de estudos - Schulz Christian/iStock

Não é de hoje que diversos estudos apontam que o consumo regular e moderado de cafeína pode desacelerar o declínio cognitivo. Mas a novidade é que pesquisadores franceses parecem ter descoberto que a cafeína pode ajudar também a retardar a progressão do Alzheimer em pessoas que apresentam estágio inicial da doença.

Na última sexta-feira (05), a revista científica "Brain" publicou os resultados de um estudo realizado por pesquisadores do centro francês de pesquisa Lille Neuroscience e Cognition. O estudo analisou o desenvolvimento do Alzheimer para compreender o avanço da doença e investigar as possibilidades de uso da cafeína como tratamento.

Como a cafeína afeta pessoas com Alzheimer

O Alzheimer começa a se desenvolver quando os receptores localizados nos neurônios aumentam de forma anormal, contribuindo para a perda de sinapses que são a forma de comunicação dos neurônios. Dessa forma, quando o nosso cérebro deixa de realizar sinapses uma das consequências é a perda de memória, principal característica do Alzheimer. Diante disso, os pesquisadores levantaram a hipótese de que a cafeína poderia ser uma grande ajuda no bloqueio do crescimento desses receptores responsáveis pela doença. 

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"Podemos imaginar que, ao bloquear esses receptores, cuja atividade é maior em pacientes com Alzheimer, a cafeína poderia prevenir o desenvolvimento de problemas de memória e até de outros sintomas cognitivos e comportamentais", declarou David Blum, um dos autores do estudo e diretor de pesquisa do Instituto Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm) à Agence France-Presse.

Para avaliar o impacto da cafeína nas funções cognitivas de pacientes com estágios iniciais a moderados da doença de Alzheimer, os pesquisadores estão conduzindo um novo ensaio clínico no Centro Hospitalar Universitário de Lille. A pesquisa envolve 248 pacientes, dos quais metade receberá 400 mg de cafeína, enquanto a outra metade receberá um placebo.

Caso o ensaio seja positivo, David Blum afirma que novos medicamentos à base de cafeína para tratar o Alzheimer poderão ser produzidos, após realizar um ensaio maior.

Alzheimer mata?

O Alzheimer em si não mata, mas apresenta uma série de sintomas que podem ser um risco à vida da pessoa que tem o diagnóstico. Portanto, deve-se ficar em alerta com as seguintes situações:

É essencial que você busque um neurologista em caso de suspeita de Alzheimer, pois só com a avaliação médica terá um diagnóstico. Ficou alguma outra dúvida? Leia também sobre mais sintomas e tratamentos

Também é importante mencionar que, apesar de ser possivelmente uma nova opção de tratamento para  as pessoas que vivem com o Alzheimer, o consumo da cafeína deve ser feito de forma moderada. Ingerir cafeína em excesso pode ter efeitos negativos no organismo, como insônia, ansiedade e dores no estômago.

Fontes: G1, O Globo, Tua Saúde e Viva Bem.

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