Escleroterapia com espuma: conheça o tratamento sem cirurgia para varizes

Você já ouviu falar na escleroterapia com espuma? conheça esse tratamento sem cirurgia para varizes que promete resultados incríveis!

Julia Monsores | 9 de Março de 2021 às 15:00

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Você já ouviu falar na escleroterapia com espuma? Esse tratamento para varizes pode ser feito por quem quer livrar-se do incômodo dessas veias dilatadas, mas não quer passar por uma cirurgia.

Embora existam maneiras simples de aliviar o incômodo das varizes, por tratar-se de um problema de saúde é importante conhecer a fundo suas causas, tratamentos e estratégias de prevenção.  

Com resultados efetivos, e utilizando equipamentos modernos, a escleroterapia com espuma já vem sendo aplicada há muitos anos no Brasil. Conheça agora seus fundamentos, indicações e as contraindicações.

O que causa varizes?

Crédito: Marina113/iStock

As veias das pernas têm válvulas engenhosas que impedem o refluxo do sangue. Mas a distensão dessas veias ou o enfraquecimento dessas válvulas podem fazer com que o sangue se acumule, em vez de retornar ao coração.

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Essas circunstâncias provocam o surgimento das varizes nas pernas e em outras áreas do corpo. Elas trazem sensação de inchaço, dor e edema. Além disso, deixam um aspecto de dilatação das veias que para muita gente é bastante incômodo.

Vale ressaltar que o aparecimento de varizes costuma ser mais frequente no verão. E isso acontece porque as altas temperaturas induzem o processo de vasodilatação, tornando as veias maiores e mais relaxadas.

Independente do tipo de tratamento utilizado para as varizes, é importante que o paciente saiba que por se tratar de uma doença crônica elas podem retornar.

Os fatores de risco mais importantes são o peso e a permanência por longos períodos em pé ou sentado, além da hereditariedade.

O que é a escleroterapia com espuma?

A escleroterapia com espuma é uma alternativa para tratar varizes sem cirurgia. O método consiste na aplicação de uma substância chamada polidocanol, um agente esclerosante, na veia dos pacientes. Ao ser injetada, preenche toda sua extensão, promovendo a esclerose do vaso.

E assim, transforma esse vaso em uma cicatriz imperceptível que é absorvida pelo organismo.

“Essa substância é administrada na forma de espuma devido a sua característica química e por conseguir ocupar todo o espaço dentro da veia doente. A concentração indicada para a esclerose das varizes varia de 0,25% a 3%. Quem determina a porcentagem é o cirurgião vascular, que analisa o calibre dos vasos e a quantidade a ser administrada para a efetividade do tratamento”, explica o cirurgião Eduardo Toledo de Aguiar.

O tratamento varia conforme o diagnóstico médico obtido durante a consulta médica e mapeamento das veias com o ecodoppler venoso dos membros inferiores.

Quais são as vantagens desse tratamento para varizes?

Crédito: Marina113/iStock

Feita a análise clínica com o cirurgião vascular, que avaliará os riscos do tratamento e o histórico do paciente, o tratamento poderá ser iniciado.

Uma vantagem desse procedimento é que, diferente das tradicionais cirurgias de varizes, a escleroterapia com espuma não necessita de internação ou anestesia. Além disso, outra vantagem é que não é necessário esperar a ferida fechar para tratar as veias doentes.

O procedimento é realizado em consultório, e todos os tipos e graus de varizes podem ser tratados com essa técnica, inclusive as úlceras varicosas (ferida de perna).

Vale destacar que a escleroterapia com espuma é contraindicada para gestantes e para pessoas sem mobilidade física.

Cuidados antes e depois da escleroterapia com espuma

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Antes de aplicar a substância, é preciso realizar o exame para tratar as varizes, denominado ecodoppler venoso dos membros inferiores.

“Trata-se de uma ultrassonografia que mapeia as veias a serem tratadas. Depois, é feita a introdução do polidocanol, método chamado pelos médicos de escleroterapia ecoguiada com espuma. Chama-se ecoguiada porque o método, desde a punção da veia até a injeção da espuma, é acompanhado pelo ultrassom”, explica o cirurgião Eduardo Toledo de Aguiar.

Após o procedimento, orienta-se que o paciente caminhe diariamente 30 minutos. Os exercícios físicos podem ser retomados após três dias do procedimento.


Dr. Eduardo Toledo de Aguiar é Prof. Livre Docente de Cirurgia Vascular na FMUSP. Diretor da Spaço Vascular, realiza tratamento para varizes com espuma desde 2004. Mais de 20.000 consultas, 7000 Eco-dopplers e mais  7.000 pacientes tratados tanto na clínica privada como em ações humanitárias no Brasil e na Nicarágua.