Entenda as melhores formas de evitar que um erro médico aconteça com você ou alguém que você conheça durante uma passagem pelo hospital.
Redação | 10 de Novembro de 2018 às 17:00
Você está mais propenso a morrer de um erro médico do que de um câncer ou de um acidente de carro. A frase, apesar de parecer exagerada, é uma realidade em hospitais da rede pública e privada no Brasil.
Um estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) em 2017 revelou que 4,6% dos óbitos em hospitais são atribuídos a erros médicos. Pode parecer pouco, mas a porcentagem refere-se a 54.769 casos de pacientes que passaram por algum erro médico, sendo que 36.174 entre eles poderiam ter sido prevenidos.
As autoridades empenham-se em reduzir esse número, mas também há formas de você, como paciente, ajudar.
Se você tiver oportunidade, procure o que for possível sobre o tratamento antes de realizar a consulta. Anote os principais pontos e suas dúvidas. Faça perguntas sem medo e reúna informações de grupos de pacientes e da internet. Pesquisas mostram que aqueles que se envolvem com o próprio tratamento obtêm melhores resultados.
Peça ao seu médico que lhe explique todas as opções de tratamento disponíveis, incluindo os riscos em potencial. Peça por uma explicação menos técnica e mais prática, já que os jargões médicos são inevitáveis.
Se você não entender bem o que o médico ou uma enfermeira disseram, peça-lhes que repitam. Se continuar na dúvida, peça-lhes que expliquem os termos médicos em uma linguagem que você entenda.
Se você for alérgico a uma substância ou tiver reagido mal a qualquer medicamento ou anestésico no passado, diga isso a todos que o estiverem tratando. Médicos e enfermeiras, bem como o anestesista, precisam de informações úteis para reduzir as chances de erro médico.
Se você ou um paciente for internado, verifique se todos os campos do formulário de internação estão corretos antes de assiná-los.
Também é recomendável pesquisas sobre as diretrizes do hospital e como os profissionais de saúde se relacionam com seus pacientes, se for possível.
A bula é negligenciada pela maioria das pessoas, porém é uma das partes mais importantes de um tratamento. Tenha certeza de que compreende por que você está tomando determinada droga, como tomá-la e por quanto tempo.
Registre qualquer possível reação adversa e o que fazer caso ela ocorra. Pergunte ainda se é seguro tomá-la com outros medicamentos ou suplementos alimentares e quais alimentos ou atividades evitar.
Se algum parente ou amigo precisar de um tratamento e tiver dificuldade de se comunicar ou de compreender o que está acontecendo, acompanhe-o para ajudar a explicar e fazer perguntas por eles.
Alguns hospitais pedem que você assine um termo de responsabilidade nesses casos. Leia todas as cláusulas antes de assinar para que o hospital não se isente de qualquer erro médico que ainda possa ocorrer.
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No hospital, tenha certeza de que toda a equipe médica que o está atendendo tenha informações precisas a seu respeito.
Se você estiver bem o suficiente, pode pedir para ler seu prontuário. Ou então, peça para que um parente ou amigo leia-o para você.
É de grande importância que tudo a seu respeito, como medicamentos que está tomando e o tratamento ou operação a que vai se submeter estejam bem especificados e acessíveis a todos.
Se você estiver grávida de poucos meses ou acha que possa estar, não deixe de informar ao médico antes de fazer uma radiografia.
Qualquer tratamento que inclua radiação pode ser prejudicial à gravidez e deve ser avaliado devidamente antes de aplicado com o propósito de preservar o feto.
Sempre pergunte a médicos, enfermeiros, maqueiros e qualquer um que esteja prestes a tocar você (ou um equipamento que você estiver usando) se lavaram as mãos.
Não tenha medo de ser grosseira: pergunte educadamente e explique seus anseios. Eles entenderão sua preocupação e certamente atenderão o seu pedido.