Entenda o que é catarata, uma das maiores causas de cegueira no mundo, e como ela pode ser tratada, além de conhecer dicas de prevenção.
Redação | 19 de Março de 2019 às 15:00
Embora metade das pessoas com mais de 50 anos e 75% das acima de 75 anos desenvolvam cataratas, essa doença não é consequência inevitável do envelhecimento. Estudos mostram que mudanças de hábitos reduzem a probabilidade do surgimento dessa séria doença da visão. Somente a remoção cirúrgica do cristalino elimina uma catarata já formada. Entretanto, você só precisa pensar em operar quando a visão estiver prejudicada a ponto de impedir que você trabalhe, dirija, leia ou participe de atividades de lazer que aprecie. Por isso, é essencial entender primeiro o que é catarata e quais as melhores formas de se prevenir dessa doença, que é responsável por 50% dos casos de cegueira ao redor do mundo.
O cristalino do olho normalmente é transparente. É ele o responsável pela refração, que concentra a luz na retina e permite a formação de uma imagem nítida. Ao sofrerem degradação, as proteínas do cristalino formam aglomerados e constituem pontos opacos, denominados cataratas. Esses pontos impedem a transmissão adequada da luz para a retina, e a visão torna-se turva ou borrada. O grau de incapacidade visual depende do tamanho, da densidade e da localização da catarata no cristalino.
Para saber o que é catarata, basta que você saiba que essa é uma doença que classifica qualquer perda de transparência no cristalino, congênita ou adquirida. Ela pode ainda ser assimétrica, ou seja, se formar em apenas um olho e embaçar a vista apenas de um lado.
Existem alguns sintomas fáceis de atribuir à catarata. Nem todos eles surgem com a velhice a podem ser causados por contato com produtos químicos ou raios UV, por exemplo. Por isso é essencial procurar um especialista assim que notar alguns dos sintomas abaixo:
As cataratas podem surgir em consequência de alterações relacionadas com a idade, mas alguns especialistas atualmente acreditam que a maioria dos casos pode ser atribuída ao fumo ou à exposição à luz ultravioleta (UV) solar durante a vida. Um nível baixo de oxidantes (vitaminas C e E, beta-caroteno e selênio) é outro possível fator. Esses compostos neutralizam os radicais livres – moléculas instáveis de oxigênio – capazes de lesar o cristalino.
Normalmente, o cristalino contém elevadas concentrações de glutationa, um antioxidante produzido pelo corpo.
Além disso, diabete e excesso de peso aumentam o risco de catarata, talvez porque níveis elevados de açúcar (glicose) no sangue contribuam para a destruição das proteínas do cristalino. Lesões oculares também podem causar catarata.
O uso de suplementos antes do surgimento da catarata pode adiar ou prevenir de todo sua formação. Nas fases iniciais da doença, os suplementos conseguem reduzir a sua velocidade de crescimento. Entretanto, só a cirurgia remove uma catarata já instalada.
Tanto a vitamina C quanto a vitamina E, poderosos antioxidantes, são capazes de proteger o cristalino de lesões pelo fumo ou pela luz UV. O selênio, outro antioxidante, também ajuda a neutralizar os radicais livres. A uva-do-monte é rica em flavonoides e ajuda a eliminar toxinas do cristalino e da retina. Um estudo mostrou que a uva-do-monte, combinada à vitamina E, interrompeu a progressão da catarata em 48 de 50 participantes.
O que mais você pode fazer?
Se você começar a desenvolver qualquer um dos sintomas de catarata citados acima, procure um especialista urgentemente.
Existem ainda institutos de oftalmologia especializados em consultas e tratamentos para catarata. O Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro, por exemplo, oferece também a cirurgia necessária para a correção.
Procure um médico que possa explicar a você o que é catarata e oferecer métodos para prevenção que se adequem a sua saúde. Além disso, também é essencial conversar com um especialista se optar por tomar suplementos, já que alguns podem ter impactos sobre o corpo.