Proteja-se e entenda mais sobre a doença que tem chamado a atenção dos especialistas.
Esther Ramos | 19 de Agosto de 2024 às 15:42
A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma ameaça global que se espalhou pela África Central, inclusive em regiões onde nunca havia sido detectada antes. Essa doença, relacionada à varíola, foi identificada pela primeira vez em 1958.
Segundo Dimie Ogoina, presidente do comitê da Organização Mundial da Saúde, o recente aumento de casos na África, combinado com a propagação de uma nova cepa sexualmente transmissível, é uma emergência global. Ele alerta que a mpox foi negligenciada na África e depois causou um surto global em 2022, e é crucial agir para evitar que a situação se repita.
Por isso, vamos explicar as formas de transmissão e como se proteger da nova cepa da Mpox.
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Desde que o primeiro caso humano de mpox foi identificado em 1970, na República Democrática do Congo, a maioria das infecções ocorreu na África Ocidental e Central, geralmente por contato com animais selvagens infectados.
A mpox pode se espalhar por contato direto com animais ou materiais contaminados, como roupas e toalhas, e também por contato próximo entre pessoas, incluindo beijos e gotículas respiratórias. As lesões causadas pela doença são altamente contagiosas.
Embora a mpox seja conhecida há mais de 50 anos, ainda há muito a ser aprendido sobre o vírus. O surto de 2022 afetou principalmente homens que fazem sexo com homens, o que trouxe desafios na comunicação pública sem estigmatizar essa comunidade. Eventos como raves na Espanha e Bélgica contribuíram para a disseminação internacional, similar ao que ocorreu com a Covid-19.
Apesar de algumas evidências apontarem que a mpox não é uma DST, o vírus se espalha por contato pele a pele, incluindo durante atividades sexuais, e pode ser transmitido por meio de objetos contaminados. Surtos anteriores na África atingiram pessoas de todas as idades e gêneros, sem discriminação.
A educação pública é essencial para combater a mpox. É importante que cada pessoa conheça e gerencie seus próprios riscos para se proteger adequadamente.
O Ministério da Saúde recomenda evitar contato direto com pessoas suspeitas ou confirmadas com mpox e lavar as mãos regularmente com água e sabão como principais formas de prevenção. A vacinação também é uma medida preventiva, com prioridade no Brasil para pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como homens cisgêneros, travestis, e mulheres transexuais com 18 anos ou mais que vivem com HIV.
Pessoas infectadas devem manter isolamento social e evitar compartilhar objetos pessoais, como toalhas e roupas. Quem apresentar sintomas deve procurar uma unidade básica de saúde imediatamente.
Além das lesões cutâneas, outros sintomas da mpox incluem dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. O período de incubação do vírus varia de 3 a 16 dias, podendo chegar a 21 dias.
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