Mudanças associadas à idade, bem como diversos outros fatores, podem afetar a aparência e a textura da sua pele. Entenda!
Douglas Ferreira | 4 de Agosto de 2021 às 17:00
Você já deve ter notado que a nossa pele e cabelos mudam com o passar dos anos. Algumas alterações da pele são intrínsecas ao processo de envelhecimento do próprio tecido, outras são causadas por influências como hormônios e doenças, e ainda há alterações decorrentes de fatores ambientais. Nas áreas da pele que ficam expostas, o ambiente é responsável por até 90% das características do envelhecimento, sobretudo a radiação ultravioleta (RUV) do sol.
A área de superfície cutânea de um recém-nascido é muito maior em relação ao volume do corpo, por isso os bebês são mais vulneráveis ao calor e à perda de líquido do que as crianças maiores e os adultos. O sistema de barreira da pele não está completamente ativo nos bebês, então eles perdem mais água, embora suas glândulas sudoríparas ainda não estejam funcionando.
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Durante as primeiras semanas de vida, os hormônios maternos ainda estão circulando no sangue do bebê e estimulam suas glândulas sebáceas. Os bebês também têm um sistema de vasos sanguíneos mais reativo, de modo que a cor da pele pode passar do rosa ao vermelho-vivo em alguns minutos. Não vista roupas em excesso no bebê: no calor, camiseta e fralda são suficientes, mas fique atento aos sinais de resfriamento – o corpo deles esfria tão rápido quanto esquenta.
Esses fatores significam que a absorção de medicamentos aplicados à pele do bebê pode ser mais rápida e maior, favorecendo problemas de toxicidade. A pele dele é mais vulnerável à agressão química, física e microbiana porque seus sistemas de defesa ainda são imaturos.
Os bebês são propensos a assaduras – a irritação da pele provocada pelo contato prolongado com as substâncias químicas da urina. Para evitá-las tome os seguintes cuidados:
A predisposição genética, influenciada pelo ambiente, contribui para o desenvolvimento da maioria das doenças cutâneas mais comuns na infância, como o eczema atópico. Nas famílias com tendência a problemas atópicos (como eczema, asma e rinite alérgica), não sabemos exatamente o que desencadeia os distúrbios em cada pessoa, mas esses problemas vêm se tornando cada vez mais comuns.
O eczema atópico pode ser provocado por alérgenos como o ácaro da poeira ou a alimentação com leite de vaca. Acreditava-se que o risco seria reduzido com a amamentação do bebê, evitando o leite de vaca, mas dados recentes desmentem isso. Para saber mais sobre a dermatite atópica, veja a nossa matéria completa sobre o assunto!
Quando a criança cresce e vai para a pré-escola, o contato com doenças infecciosas, como a catapora, é maior. Uma criança com catapora pode não se sentir doente, mas as manchas são pruriginosas e é muito difícil evitar coçá-las. Em uma criança pequena, luvas de algodão podem ajudar, mas em crianças maiores o uso de uma loção refrescante, à base de calamina ou aloe vera, ou um banho frio podem aliviar o prurido.
Muitas atividades colocam a pele em contato com possíveis irritantes químicos, favorecendo a dermatite de contato. A alergia ao níquel e a sensibilidade a sapatos de borracha são exemplos. O traumatismo cutâneo na forma de arranhões, cortes e equimoses é comum no dia a dia, mas não deve causar problemas se os cortes forem mantidos limpos e tratados com creme antisséptico.
A maioria dos adolescentes tem cravos e espinhas. É im portante lavar a pele duas vezes ao dia com sabão suave e evitar espremê-los, pois isso pode causar infecção. Em vez disso, deve-se aplicar óleo de melaleuca na região para que sequem.
Quando as meninas engordam durante a puberdade, a pele das nádegas e das coxas pode adquirir uma aparência ondulada. É a chamada celulite (estética), normal nas mulheres. Embora o emagrecimento torne as ondulações menos proeminentes, massagens não trarão melhora.
Aos 20 anos a pele começa a se acalmar, embora a produção de óleo possa continuar intensa. Sinais visíveis de envelhecimento começam a surgir perto dos 30 anos, pois os processos regenerativos se tornam mais lentos. Pode haver ressecamento e linhas ao redor dos olhos.
Nesse período, mudanças no estilo de vida ajudam a retardar o envelhecimento. A mais importante é reduzir os danos causados pelo sol: limite o tempo de exposição, use filtro solar e mantenha o corpo hidratado, bebendo no mínimo 2,5 litros de água por dia. Se você fuma, tente parar, pois o cigarro causa o envelhecimento precoce da pele. Também é um bom momento para iniciar uma rotina de cuidados da pele, com limpeza diária e hidratação leve.
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A partir dos trinta surgem os primeiros sinais verdadeiros de envelhecimento, pois há redução das fibras de colágeno e elastina. Linhas finas e secas aparecem ao redor dos olhos, onde a pele é mais fina. A maior perda de água causa ressecamento, o que reduz a barreira protetora natural da pele. Veias que se rompem geram pequenos pontos vermelhos, e as “linhas do sorriso” são mais profundas no lado sobre o qual você dorme. Mudanças no estilo de vida têm efeito menos radical, mas o estresse pode ser crucial. Noites maldormidas, comuns aos 20 anos, agora provocam olheiras.
Homens e mulheres devem usar filtro solar com fator de proteção (FPS) mínimo de 15, e o hidratante pode ser usado todos os dias. Cremes e géis para a região dos olhos também são úteis nessa idade.
Cuidados razoáveis com a pele, evitando excesso de sol, e a boa saúde reduzem os sinais de envelhecimento. Entretanto, pode haver linhas mais profundas ao redor da boca e dos olhos, sulcos na testa e manchas senis. Após os 45 anos, a espessura da pele começa a diminuir. Ela tem menor volume e torna-se menos uniforme, perdendo o viço da juventude por causa do menor número de vasos sanguíneos na pele.
Nessa idade, todos os produtos usados devem ser hidratantes, para ajudar a revigorar a pele cansada e flácida, melhorando sua textura.
A maioria das pessoas com mais de 60 anos considera que o uso de hidratante é a melhor forma de cuidar da pele. E elas não estão erradas! A pele depois dos 50 e 60 anos se torna mais seca e frouxa, pois a produção de gordura é menor, e, com isso, mais enrugada. Sua coloração assume um tom mais pálido, porque há redução da circulação, e a cicatrização de feridas é mais lenta.