Saiba mais sobre o enfisema pulmonar, doença que levou o ator Pedro Paulo Rangel ao óbito.
Walter Farias | 21 de Dezembro de 2022 às 13:00
Faleceu na madrugada desta quarta-feira (21) o ator Pedro Paulo Rangel aos 74 anos. O óbtio foi confirmado pela família, no entanto, a causa da morte ainda não foi divulgada. O artista estava internado no CTI do hospital Casa de Saúde São José, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para tratar de um enfisema pulmonar.
Carioca da Zona Norte do Rio, o ator conheceu a atuação ainda na infância e aos 11 anos já dizia que seria ator. Ainda na infância escreveu sua primeira peça de teatro: "Quando os Pais Entram de Férias". Adiante, entrou para o grupo de teatro da Igreja Santa Terezinha onde conheceu seu grande amigo e parceiro de cena, Marco Nanini.
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Ao sair do grupo da Igreja, Paulo ingressou no Conservatório Nacional de Teatro, atualmente conhecido como Escola de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Aos 20 anos de idade, Pedro Paulo Rangel realizou seu primeiro contato com o teatro profissional, na peça "Roda Viva", de Chico Buarque e direção de José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso.
Artista completo e um ator de peso. Pedro Paulo construiu uma carreira de sucesso nos palcos teatrais e também foi destaque no audiovisual. Porém, foi através de seus papeis na televisão que o artista ficou conhecido nacionalmente.
Pedro Paulo Rangel passou pela extinta TV Tupi e em seguida transferiu-se para a Rede Globo, onde marcou presença em produções aclamadas pelo público e crítica, como as novelas "Gabriela", "Saramandaia", "Vale Tudo" e o programa humorístico "TV PIRATA".
Mas nem só de sucessos e glórias foi contruída a trajetória do artista. Pedro Paulo em entrevista ao jornal O Globo, em maio deste ano (2022) confessou ter sido fumante por mais de 30 anos. Em verdade, Paulo chegou ao ponto de fumar três maços por dia durante um período de sua vida, mas foi largando o hábito no começo dos anos 2000.
Em 2002 foi diagnosticado com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), também conhecida como Enfisema Pulmonar. Desde então, foi modificando seus comportamentos e dando atenção ao tratamento da doença. Mas do que se trata esta doença?
O enfisema pulmonar é uma doença degenerativa que, na maioria das vezes, se desenvolve após muitos anos de agressão aos tecidos pulmonares. Geralmente danos causados devido ao uso do cigarro ou inalação de outras toxinas.
Segundo a secretaria de Estado de Saúde do Governo do Estado de Goiás, podemos afirmar que existem algumas causas para doença. Entretanto, já se é sabe que o hábito de fumar é a principal causa de desenvolvimento de enfisema pulmonar.
Sobre o fumo, é importante destacar que muitas vezes o fumante não sabe, mas além de prejudicar os próprios pulmões ele também está prejudicando o pulmão das pessoas ao seu redor. Ocorre que, os cientistas já descobriram que os fumantes passivos (pessoas que não fumam, mas estão próximas de pessoas fumantes) também correm o risco de ter o sistema respiratório danificado por inalar fumaça.
Fora isso, também existe o desenvolvimento por conta da exposição à poluição do ar e a inalação de detritos existentes em determinados trabalhos.
Como é uma irritação respiratória crônica e possui lenta evolução, podem aparecer diversos sintomas da doença. São sintomas como a dificuldade respiratória acompanhada de chiado, tosse estranha e perda de peso sem motivo aparente.
Em casos mais graves é possível que se apresente uma falta de ar. Isto acontece porque à medida que a doença vai evoluindo, os pulmões vão se tornando deficientes e a caixa toráxica vai ganhando nova forma.
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Com o tempo, os alvéolos podem ficar comprometidos e vão deixando de fornecer oxigênio ao sangue, ao mesmo tempo que vai perdendo a capacidade de retirar o dióxido de carbono. Assim, dando a sensação de sufocamento no paciente.
Este fenômeno acontece porque os alvéolos que, em sua normalidade, são pequenos, esponjosos, elásticos e numerosos, no quadro de enfisema se tornam grandes, pouco numerosos e mais rígidos. Portanto, dependendo do quadro que a pessoa se encontra, é possível que ela vá perdendo a capacidade de fazer até atividades física cotidianas.
Há algumas opções de tratamento, mas a prevenção continua sendo o melhor caminho contra a doença. Desta forma, podemos dizer que não fumar segue sendo o melhor modo de prevenção. Em caso de uma pessoa fumante, a opção de parar com o hábito deve ser escolhida e seguida com disciplina. Veja aqui algumas dicas de produtos que podem ajudar a abandonar o hábito de fumar.
Dito isto, as opções de tratamento para enfisema pulmonar começam pelo diagnóstico médico correto. Somente com ele o médico será capaz de encaminhar o paciente para o tratamento mais justo com a situação apresentada.
No geral, as opções de tratamento estão atreladas ao uso de remédios broncodilatadores, anti-inflamatórios corticosteróides, oxigenoterapia, em alguns casos procedimento cirúrgico de redução dos pulmões, assim como transplante de pulmão e na minoria dos casos um programa de mudança de hábito.
Para saber ainda mais sobre a doença, é possível acessar este conteúdo rápido e simples publicado pelo canal de YouTube @cdra-clínicadedoencasrespi, onde a Dra. Carolina Salim, médica pneumologista tira algumas dúvidas sobre a enfisema pulmonar.
Atenção: Esta matéria tem caráter informativo e não substitui a consulta médica especializada. Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico.
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