Se você é adepto de um estilo de vida mais saudável, ou tem vontade de ser, talvez já tenha ouvido falar sobre a dieta mediterrânea. Comum nas regiões
Julia Monsores | 2 de Março de 2021 às 14:00
Se você é adepto de um estilo de vida mais saudável, ou tem vontade de ser, talvez já tenha ouvido falar sobre a dieta mediterrânea. Comum nas regiões banhadas pelo mar mediterrâneo, como Grécia, Itália e sul da França, essa dieta além de proporcionar um emagrecimento saudável também está associada a uma maior longevidade e controle de doenças.
Para explicar melhor o que é a dieta mediterrânea, como ela funciona, quem pode segui-la, além de outras informações relevantes sobre o assunto, Seleções conversou com a nutróloga Fernanda Cortez.
Já faz muito tempo que a dieta mediterrânea vem sendo estudada por seus benefícios sentidos por quem a pratica. Alguns estudos, por exemplo, a associam à melhora de 40% de chances de diabetes do tipo II. Além disso, também tem apresentado ótimos resultados com relação à redução do colesterol.
“Como é uma dieta que é baseada em consumo de alimentos muito saudáveis, em gorduras boas, frutas e vegetais, há também estudos que associam essa dieta à diminuição do colesterol ruim e ao aumento do colesterol bom”.
A médica também explica que essa dieta, por ser baseada em frutos do mar — ricos em ômega-3 — também é ótima para a saúde do coração.
“É uma dieta que está muito associada à longevidade, emagrecimento e à saúde do coração. A base da alimentação é comida de verdade. Ou seja, evitam-se alimentos industrializados e frituras, e priorizam muito alimentos integrais, frutas, vegetais, peixe, azeite, oleaginosas, grãos, cereais”, explica.
Além disso, outro ponto que chama a atenção é que nesta dieta a ingestão de bebidas alcoólicas também está liberada. Mas calma: não em grandes quantidades!
“O vinho também está liberado, mas é uma quantidade baixa, saudável”, explica a Dra. “Derivados de leite também estão liberados, mas em baixa quantidade e sempre procurando leites desnatados, queijos mais saudáveis e lights”, explica.
De forma geral, os praticantes da dieta mediterrânea se beneficiam das seguintes condições:
“A dieta mediterrânea é, sim, segura”, explica a Dra. “Porque além de evitar industrializados e frituras, ela alia a diversidade dos alimentos com um estilo de vida mais saudável”, conclui.
Muitas pessoas que buscam essa dieta a procuram com o objetivo de redução das medidas corporais. Mas afinal, a dieta mediterrânea de fato emagrece?
“A dieta mediterrânea ajuda no emagrecimento pelo fato de comermos melhores alimentos — comida de verdade. Mas, para emagrecermos de fato, precisamos ter déficit calórico negativo. Ou seja, comer menos do que a gente consome. E sempre aliar à prática de exercícios físicos, de três a quatro vezes por dia, cerca de meia hora por dia”, explica a Dra.
Além disso, a doutora explica que a dieta mediterrânea ajuda no emagrecimento porque é uma dieta rica em nutrientes, e completa: “e também é, normalmente, menos calórica”, conclui.
Outro ponto que merece destaque é a possibilidade de veganos e vegetarianos também adotarem esse estilo alimentar. Uma vez que não consomem frutos do mar, a dieta mediterrânea seria adequada a eles? Segundo a Dra. Fernanda Cortez, sim.
“Veganos e vegetarianos podem fazer, sim, a dieta mediterrânea. Mas nesse caso, excluindo a parte das proteínas, dos frutos do mar. Mas podem consumir a parte dos grãos, cereais, azeite, frutas e legumes”, conclui a Dra. Fernanda.
No entanto, a nutróloga ressalta que veganos e vegetarianos devem sempre realizar orientação junto ao médico, para fazer suplementação de vitaminas e minerais.
“Eles têm uma tendência a ter baixas taxas de vitamina B12 — que é a vitamina da carne vermelha –, que ajuda na concentração, disposição, memória e foco. Então sempre é importante fazer a suplementação e fazer isso com acompanhamento”, explica.