Dia do Sexo: dor na relação pode significar doença que atinge uma em cada dez mulheres no mundo

Esse sintoma ainda é raramente relacionado ao diagnóstico da doença, que afeta uma em cada dez mulheres em todo o mundo.

Luana Viard | 6 de Setembro de 2024 às 16:15

Dor na relação sexual é algo sério e precisa de acompanhamento médico para entender os motivos e tratá-los. - Diamond Dogs / istock

Até recentemente, a endometriose era uma condição pouco conhecida e frequentemente silenciada. Gradualmente, passou a ganhar visibilidade, com mais discussões e esclarecimentos sobre seus sintomas.

Contudo, um aspecto ainda pouco abordado é que se estima que dois terços das mulheres com endometriose enfrentem algum tipo de disfunção sexual, sendo a dispareunia — dor, de intensidade variável, durante a relação sexual — a mais comum.

Sexo associado ao desconforto

“Esse quadro leva a relações sexuais não satisfatórias e a mulher passa a evitá-las, porque o cérebro acaba associando sexo a desconforto. Com isso, tem-se a diminuição da libido, da excitação e da lubrificação, gerando ainda mais dor e impactos psicológicos, como baixa autoestima”, aponta o ginecologista Patrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

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O que é endometriose? Ela é uma condição comum?

A endometriose afeta 10% das mulheres em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa condição ocorre quando o tecido endometrial, que normalmente está presente apenas no útero, se espalha para outras áreas, como ovários, trompas de falópio, tecido pélvico, bexiga, trato gastrointestinal e outras partes do corpo.

Durante a relação sexual com penetração, os implantes endometrióticos podem ser esticados, o que pode resultar em dor. “A gravidade da dor depende de vários fatores, entre eles a postura, a profundidade da penetração, e o momento do ciclo pelo qual a mulher está passando. Em alguns casos, elas podem tornar o sexo uma experiência insuportável, especialmente quando os implantes estão localizados nos nervos”, explica o especialista.

Buscar tratamento é importante

Bellelis destaca a importância de iniciar o tratamento o mais cedo possível. Além do acompanhamento ginecológico, é recomendável procurar um fisioterapeuta especializado em assoalho pélvico, que pode utilizar técnicas para fortalecer a região.

“É fundamental ainda que a mulher tenha um diálogo aberto com o parceiro, sem medo de que o relacionamento possa ser prejudicado. Em casos mais graves, buscar ajuda de um psicólogo ou sexólogo também pode ser indicado”, finaliza.

Leia também: Como fazer a menstruação descer ou parar antes do tempo?

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