Conheça os hábitos dos japoneses da ilha de Okinawa, seu segredo da longevidade. São atitudes simples que podem mudar toda a sua vida.
Thaís Garcez | 16 de Fevereiro de 2020 às 20:21
Sabia que o segredo da longevidade tem muito mais a ver com o estilo de vida do que com a genética? Basta observar os habitantes da ilha de Okinawa, que, em sua maioria, têm mais de 100 anos. O segredo? Hábitos saudáveis: exercício físico e alimentação pobre em gorduras e rica em frutas, legumes, verduras, soja e peixe.
Exames médicos revelaram que os centenários da ilha japonesa de Okinawa tinham coração incrivelmente saudável; nível de colesterol baixo e artérias visivelmente jovens. Além disso, poucas condições capazes de provocar obstruções. Em um resultado ainda mais surpreendente, depois de estudar 600 dos mais velhos residentes da ilha, pesquisadores concluíram que o estilo de vida saudável respondia por 80% da extraordinária saúde do coração dos pesquisados. Já a disposição genética era responsável por apenas 20%.
Pesquisadores acreditam que, se os ocidentais vivessem de maneira mais parecida aos moradores de Okinawa, teriam sérios problemas cardíacos. Para chegar a tal resultado, porém, precisaríamos aprender a viver como em Okinawa. Ou seja, mastigar lentamente os alimentos, ingerindo os de baixa caloria – uma prática chamada hara hachi bu (comer apenas 80% da saciedade); adotar uma visão relaxada da vida, conhecida como taygay; e praticar a meditação profunda e espiritualizada.
Nas últimas décadas, infelizmente, os jovens habitantes de Okinawa têm adotado a alimentação e o estilo de vida ocidentais, ficando mais claro que a saúde desse grupo não resulta de genes afortunados: aqueles com menos de 50 anos têm um dos maiores índices de doenças cardíacas do Japão.
Okinawa não é o único exemplo dos efeitos da alimentação sobre o coração. Na Groenlândia, a incidência de doenças cardíacas no povo inuíte é drasticamente inferior à de seus vizinhos dinamarqueses, pois os inuíte consomem muitos peixes ricos em ácidos ômega 3.
Os homens da ilha de Creta, onde a dieta é rica em produtos mediterrâneos amadurecidos ao sol, feijões, azeite de oliva local, vinho e muito peixe, tiveram uma significativa redução de 50% a 70% no risco de doenças cardíacas, comparando aos que seguem uma dieta saudável mas ocidental.
A importância do estudo com os cretenses é que eles apresentaram a metade da taxa de mortalidade como um todo, comparados a um grupo estudado na Itália, mesmo tendo ambos adotado uma dieta mediterrânea. A principal diferença era o alto consumo de peixe entre os habitantes de Creta.
Além de tudo isso, os moradores de Okinawa têm um outro segredo: o Ikigai. Saiba mais sobre essa técnica que te ajudará a descobrir o seu propósito de vida!