A combinação de uma boa alimentação com um estilo de vida saudável pode ajudar a melhorar a memória; mesmo depois da meia-idade.
Todo mundo tem lapsos de memória, o que não significa necessariamente que seu cérebro não esteja funcionando bem. As pressões de uma vida agitada podem exigir sua atenção e concentração em excesso – o que pode deixá-lo cansado. Mas o que pouca gente sabe é que a alimentação e o estilo de vida têm um impacto importante na nossa memória.
A idade nem sempre é a responsável por afetar a sua memória. Segundo um estudo realizado na Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, concluiu que apenas 5% dos casos de memória fraca podiam ser atribuídos a doenças cerebrais como o Alzheimer.
No entanto, depois da meia-idade, muitas pessoas realmente apresentam problemas de memória. Especialistas em saúde chamam de declínio cognitivo relacionado com a idade os sintomas de concentração, memória e uso da linguagem fracos.
Mulheres e a perda de memória
Tem-se observado que as mulheres geralmente apresentam problemas de memória antes da menstruação e durante a menopausa. A razão exata para isso é desconhecida, mas acredita-se que seja causado por mudanças hormonais, especialmente por níveis reduzidos de estrogênio. Nesses períodos é válido seguir uma alimentação que contenha os nutrientes certos e, quem sabe, fazer tratamento de reposição hormonal.
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As dietas que reduzem a quantidade de calorias ingeridas também podem afetar a sua lembrança. Um estudo conduzido no Reino Unido descobriu que as pessoas que fazem dieta em excesso apresentam risco elevado de diminuição de memória. Isso pode estar mais ligado ao esforço psicológico de fazer dieta que a própria falta de calorias. O efeito foi similar ao apresentado por pessoas deprimidas ou estressadas.
Como melhorar a memória
Muitas pessoas, jovens e idosas, gostariam de melhorar sua memória. Você pode fazer muito para que isso aconteça assegurando um bom fornecimento de sangue (e oxigênio) para o cérebro. É crucial manter os níveis de açúcar no sangue estáveis, pois os neurônios precisam de glicose para funcionar bem. Até algo simples como não deixar de tomar café da manhã faz uma notável diferença.
Em testes de habilidade mental, os melhores resultados foram os das pessoas testadas até meia hora depois de terem tomado café da manhã. Esse desempenho aprimorado pode ser influenciado pelos níveis de glicose no sangue: quando eles estão instáveis, o resultado é uma memória fraca e confusão.
Comer carboidratos não-refinados como pão integral e massa integral ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue. Esses alimentos demoram a ser digeridos e a glicose é liberada em ritmo lento e contínuo.
Confie nos supernutrientes
Uma alimentação boa e variada baseada nos Cinco Grupos Alimentares é a melhor maneira de nutrir o seu cérebro. Mas alguns alimentos são muito eficazes em liberar nutrientes que aprimoram a memória.
Pesquisadores norte-americanos mediram as unidades dos níveis de capacidade de absorção de radicais de oxigênio nos alimentos e descobriram que aqueles com níveis mais elevados, como morango e espinafre, por exemplo, ajudam a evitar a perda de memória.
Muitos nutrientes agem diretamente no funcionamento do cérebro. O ferro, por exemplo, é responsável por fornecer oxigênio em hemoglobina para o cérebro. Uma deficiência de ferro afeta a memória.
Vitaminas antioxidantes ajudam a proteger o fornecimento de oxigênio nas artérias que levam ao cérebro, assim como reduzem os danos causados pelos radicais livres. Os antioxidantes são altamente eficazes em ativar a memória. As frutas e os legumes são fontes ricas de antixoxidantes.
As vitaminas do complexo B são cruciais para a energia dos neurônios. As deficiências de tiamina (B1), niacina, B6, B12 e ácido fólico têm sido ligadas a perda de memória, confusão, esquecimento e outros sintomas. Fontes ricas em vitaminas do complexo B incluem grãos integrais, levedo de cerveja, carne, aves, fígado, leite, ovos e vegetais verdes.
Ácidos graxos essenciais são necessários para o desenvolvimento e a manutenção do cérebro. Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 são encontrados em peixes gordurosos, óleos vegetais, azeite de oliva, abacate, nozes, gérmen de trigo e grãos de soja.
Lecitina e colina são necessárias para produzir a substância química cerebral chamada acetilcolina, que é vital para o funcionamento rápido da memória e protege o cérebro contra doenças degenerativas. A principal fonte de colina é o peixe. Os alimentos ricos em lecitina incluem grãos de soja, fígado, gema de ovo, amendoins, ervilhas, truta, grãos integrais, queijo e vegetais de folhas verdes.
Fortalecendo o cérebro
Comer bem vai ajudá-lo a melhorar a memória; mas a combinação de uma boa alimentação com um estilo de vida saudável vai ampliar esses benefícios. O exercício físico é uma das melhores maneiras de aprimorar a memória. Ele aumenta o fornecimento de sangue oxigenado e nutrientes para o cérebro, contribuindo para um funcionamento eficiente do mesmo.
O exercício mental também é importante. Ler, aprender um idioma e outras atividades que expandem a mente como jogos ou passatempos são excelentes para estimular a mente, especialmente se fizerem parte de uma atividade social. O álcool e o fumo, por outro lado, esgotam a energia do cérebro e danificam suas células. Assim, evite o excesso de álcool e reduza a quantidade de cigarros (ou pare completamente).
A cafeína, ainda que possa contribuir para um estado de alerta, quantidades excessivas podem induzir a tremores e palpitações, elevando os níveis de ansiedade e afetando a concentração. Ninguém deve beber mais de seis xícaras de chá ou café por dia.
A falta de sono pode exercer um efeito adverso na concentração e na memória. A maioria dos adultos precisa de sete ou oito horas de sono por noite, embora você possa achar que precisa de menos quando fica mais velho. Para saber mais sobre a quantidade ideal de horas de sono, veja a nossa matéria completa sobre o assunto.
O estresse e a ansiedade são muito ruins para o cérebro, pois roubam seus nutrientes essenciais. As pessoas que sofrem de estresse tendem a ter padrões repetitivos de pensamento. Tais pensamentos preocupam o cérebro à custa de uma concentração eficaz e de uma memória de curto prazo. Veja aqui algumas dicas de como você pode controlar o estresse excessivo.
Alguns remédios podem afetar a memória. Por isso, se você notar que está se esquecendo das coisas com facilidade, converse com o seu médico.