O Brasil é o país com o maior número de pessoas que sofrem com o transtorno de ansiedade patológica. De acordo com uma pequisa realiazada em 2019, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e publicada no site do jornal CNN, 9,3% dos brasileiros convive com a condição.
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Considerado um sentimento comum e primitivo, a ansiedade funciona como um sinal de alerta do corpo diante um perigo real ou imaginário. No entanto, caso constante e de maneira exagerada, estabelece um problema de saúde que necessita tratamento e pode acarretar outras doenças, como por exemplo a depressão.
Pessoas com condições graves de saúde mental morrem em média 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral, afirma o Ministério de Saúde.
Quais são as causas da ansiedade?
Não há um fator defitinivo que seja o causador da ansiedade, mas sim um conjunto deles, entre questões biológicas, de formação pessoal e contextos de convivência.
Esta matéria tem caráter informativo e não substitui a consulta médica especializada. Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico.
1. Questões genéticas e bioquímicas
Segundo Ned H. Kalin, presidente do departamento de psiquiatria da Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, em entrevista à Revista Galileu, a ansiedade e a depressão são causadas de 30% a 40% por questões genéticas.
Caso os pais sofram do mal, é bastante provável que os filhos também venham a ter problemas com a ansiedade. As estruturas do cérebro e fatores químicos como a deficiência na produção de neurotransmissores tal qual a dopamina e a serotonina, hormônios da felicidade e do prazer respectivamente, também influenciam.
2. Problemas na infância
Pela plasticidade do cérebro ser maior durante os primeiros anos de vida, fatos traumáticos podem ser responsáveis pela aparição do transtorno de ansiedade na adolescência ou na fase adulta.
Através de um estudo, realizado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Vanessa Fenandes Fioresi, psicóloga, identificou quais tipos de trauma na infância são mais propensos à desencadear transtornos de saúde mental na fase adulta. São eles: vivências de traumas sexuais invasivos, traumas emocionais relacionados à sensação de desvalorização, ou uma convivência familiar violenta.
3. Contexto e ambientes de convivência
Grande parte dos responsáveis pelo quadro de ansiedade estão na rotina. Consumo constante das redes sociais, condições de trabalho sob pressão psicológica, dificuldades financeiras, grande número de atribuições e um tempo mínimo de descanso, contribuem de maneira ativa na aparição de quadros ansiosos.
O médico psiquiatra Marco Antônio Abud, afirma que a diminuição de fatores protetores como a prática de atividades físicas e contato com a natureza também contribuem na manifestação de ansiedade.
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