Descongestionantes nasais são usados para nariz entupido ou pingando e para sintomas de um resfriado ou de uma alergia, ou mais provavelmente de rinite.
Elen Ribera | 3 de Fevereiro de 2020 às 10:00
Você usa descongestionantes nasais quando fica com o nariz “entupido” ou pingando, sente coceira ou espirra? Isso é sintomático de um resfriado ou de alguma alergia e genericamente é chamada de rinite.
A rinite é uma inflamação da membrana mucosa que reveste as fileiras nasais e surge como reação a agentes agressores vivos (vírus ou bactérias), físicos (calor ou frio) e variadíssimos alérgenos (pólens, ácaros); aos quais todas as pessoas estão sujeitas em maior ou menor grau.
Os vasoconstritores nasais, em gotas ou spray, que se vendem sem receita médica são eficazes no alívio rápido e razoavelmente duradouro dos sintomas da rinite, como o nariz “entupido”; mas têm sérios inconvenientes.
Estes remédios atuam por constrição dos vasos sanguíneos, contrariando a vasodilatação e congestão próprias da inflamação e desobstruindo assim as vias respiratórias; esta ação vai sendo menos eficaz com o uso contínuo e, quando é interrompida, a mucosa nasal fica mais congestionada do que estava inicialmente (“congestão reativa”). Por estas razões, não se aconselha a sua utilização por períodos superiores a três dias.
Vasoconstritores, ou descongestionantes, nasais são constituídos por derivados da adrenalina, e daí resultam efeitos secundários como insônia, taquicardia, boca seca e elevação da pressão arterial.
Os descongestionantes orais, em comprimidos ou cápsulas, em geral compostos por uma substância simpaticomimética e por um anti-histamínico, têm uma ação mais lenta e menos efeitos secundários. E devem ser adquiridos mediante receita médica.
Os nebulizadores com corticosteroides, muito utilizado pelos médicos em doentes com alergia nasal, são seguros e o seu efeito é gradual. Ou seja, só ao fim de alguns dias o doente começa a sentir alívio dos sintomas, e a interrupção não provoca qualquer reação da mucosa nasal. Os efeitos adversos são excessiva dessecação da mucosa. E, por isso, sensação de secura, ardor, picadas, e hemorragias nasais ou, menos frequentes, tonturas e dor de cabeça.
Se está resfriado ou com sintomas de alergia, é provável que sinta dores nos ouvidos se viajar de avião devido às variações de pressão atmosférica a que vai estar sujeito, na decolagem e durante a descida para aterrissagem. Isto se deve ao fato de ser comum a coexistência de rinite com obstrução de uma ou das duas trompas de Eustáquio (canal entre a faringe e o ouvido); se uma trompa estiver fechada, as variações da pressão exterior provocam uma variação de pressão inversa no ouvido. Esta variação é a causa da dor, que pode ser muito intensa. Aplique um descongestionante nasal em gotas ou spray 20 a 30 minutos antes da decolagem. Repita quando o avião iniciar a descida, 30 a 40 minutos antes da hora prevista para a chegada.
Embora a configuração do nariz humano seja adequada para tratar ar e não líquidos, certos procedimentos podem ser úteis desde que não causem desconforto. Por exemplo: os solutos salinos (soro) fisiológicos podem aliviar o nariz “seco” e que sangra facilmente; as inalações de vapor de água, com ou sem essências, como mentol ou eucalipto, durante 10-15 minutos, podem aliviar a sensação de “entupimento”. Utilize o método do recipiente com água fervente, mas tendo o cuidado de não se aproximar demasiado; ou use um vaporizador que inclua uma máscara de plástico que se adapta ao nariz e à boca.
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