Descongestionantes nasais são usados para nariz entupido ou pingando e para sintomas de um resfriado ou de uma alergia, ou mais provavelmente de rinite.
Você usa descongestionantes nasais quando fica com o nariz “entupido” ou pingando, sente coceira ou espirra? Isso é sintomático de um resfriado ou de alguma alergia e genericamente é chamada de rinite.
A rinite é uma inflamação da membrana mucosa que reveste as fileiras nasais e surge como reação a agentes agressores vivos (vírus ou bactérias), físicos (calor ou frio) e variadíssimos alérgenos (pólens, ácaros); aos quais todas as pessoas estão sujeitas em maior ou menor grau.
Quer respirar melhor?
Os vasoconstritores nasais, em gotas ou spray, que se vendem sem receita médica são eficazes no alívio rápido e razoavelmente duradouro dos sintomas da rinite, como o nariz “entupido”; mas têm sérios inconvenientes.
Estes remédios atuam por constrição dos vasos sanguíneos, contrariando a vasodilatação e congestão próprias da inflamação e desobstruindo assim as vias respiratórias; esta ação vai sendo menos eficaz com o uso contínuo e, quando é interrompida, a mucosa nasal fica mais congestionada do que estava inicialmente (“congestão reativa”). Por estas razões, não se aconselha a sua utilização por períodos superiores a três dias.
Vasoconstritores, ou descongestionantes, nasais são constituídos por derivados da adrenalina, e daí resultam efeitos secundários como insônia, taquicardia, boca seca e elevação da pressão arterial.
Os descongestionantes orais, em comprimidos ou cápsulas, em geral compostos por uma substância simpaticomimética e por um anti-histamínico, têm uma ação mais lenta e menos efeitos secundários. E devem ser adquiridos mediante receita médica.
Os nebulizadores com corticosteroides, muito utilizado pelos médicos em doentes com alergia nasal, são seguros e o seu efeito é gradual. Ou seja, só ao fim de alguns dias o doente começa a sentir alívio dos sintomas, e a interrupção não provoca qualquer reação da mucosa nasal. Os efeitos adversos são excessiva dessecação da mucosa. E, por isso, sensação de secura, ardor, picadas, e hemorragias nasais ou, menos frequentes, tonturas e dor de cabeça.
Vai viajar de avião?
Se está resfriado ou com sintomas de alergia, é provável que sinta dores nos ouvidos se viajar de avião devido às variações de pressão atmosférica a que vai estar sujeito, na decolagem e durante a descida para aterrissagem. Isto se deve ao fato de ser comum a coexistência de rinite com obstrução de uma ou das duas trompas de Eustáquio (canal entre a faringe e o ouvido); se uma trompa estiver fechada, as variações da pressão exterior provocam uma variação de pressão inversa no ouvido. Esta variação é a causa da dor, que pode ser muito intensa. Aplique um descongestionante nasal em gotas ou spray 20 a 30 minutos antes da decolagem. Repita quando o avião iniciar a descida, 30 a 40 minutos antes da hora prevista para a chegada.
O que se deve e o que não se deve fazer
Embora a configuração do nariz humano seja adequada para tratar ar e não líquidos, certos procedimentos podem ser úteis desde que não causem desconforto. Por exemplo: os solutos salinos (soro) fisiológicos podem aliviar o nariz “seco” e que sangra facilmente; as inalações de vapor de água, com ou sem essências, como mentol ou eucalipto, durante 10-15 minutos, podem aliviar a sensação de “entupimento”. Utilize o método do recipiente com água fervente, mas tendo o cuidado de não se aproximar demasiado; ou use um vaporizador que inclua uma máscara de plástico que se adapta ao nariz e à boca.
Leia também sobre superdosagem de paracetamol.