Descubra algumas descobertas recentes da medicina, como a relação entre poluição e problemas nos rins; Viagra e câncer no cólon; e muito mais!
Redação | 4 de Abril de 2019 às 14:00
Num estudo dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, participantes veganos e vegetarianos, numa escala de depressão, tenderam a ter pontuação mais alta do que quem come carne. Embora os resultados não provem a causalidade, os pesquisadores acham que deficiências nutricionais podem ser a causa.
Especificamente, os veganos e vegetarianos costumam ter nível baixo de vitamina B12. E os produtos animais são a única fonte natural desse nutriente. No entanto, é possível alcançar o nível recomendado tomando suplementos ou comendo alimentos enriquecidos. Leite de soja e cereais matinais são boas opções para isso.
Faz tempo que o ar poluído é relacionado a problemas de saúde importantes, como doença cardíaca, acidente vascular cerebral, câncer, asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Um novo estudo baseado em dados de quase 2,5 milhões de pessoas acrescentou à lista a doença renal.
De acordo com os pesquisadores, o efeito nocivo aumenta quando o nível de poluição sobe. Porém, até quantidades relativamente baixas de particulados (sujeira, poeira, fumaça e fuligem) podem aumentar o risco de doença renal crônica. E, em última análise, contribuir para a insuficiência renal. Se você mora numa região com ar de má qualidade, fique atento aos primeiros sintomas de doença renal. Entre eles, estão urina espumosa ou sanguinolenta, coceira na pele, olhos inchados, cãibras musculares, fadiga incomum e pés, mãos ou tornozelos inchados.
Pesquisadores da Escola de Engenharia e Ciência Aplicada da Fundação Fu, da Universidade Columbia, em Nova York, estão desenvolvendo um aparelho auditivo de alta tecnologia que pode ajudar as pessoas a se concentrarem numa única voz num restaurante barulhento ou em outros ambientes cheios de sons que competem e se sobrepõem. O aparelho funciona monitorando a atividade cerebral do usuário para determinar se a pessoa está conversando com um falante específico.
Então, ele capta automaticamente a voz daquela pessoa numa mistura de sons e a amplifica. Num estudo recente, quase todos os participantes acharam o aparelho útil e quiseram continuar a usá-lo depois do teste.
Como o diabetes tipo 2 afeta o metabolismo ósseo, não é raro que pessoas com a doença desenvolvam osteoporose. Na verdade, muitos medicamentos tratam as duas doenças. Pesquisadores do Reino Unido e da Grécia constataram que a metformina, as sulfonilureias (como Glucotrol), os inibidores de DPP-4 (como Januvia e Onglyza) e os agonistas do receptor de GLP-1 (como Victoza e Trulicity) são bons para ajudar a fortalecer os ossos e controlar o diabetes. Se você tem ambas as doenças, pergunte ao médico qual desses remédios é melhor para você.
Trabalhar num escritório mal iluminado, além de deprimente, pode mesmo nos deixar mais burros. Num estudo da Universidade do Estado de Michigan, ratos da espécie Arvicanthis niloticus que passaram seus dias com pouca luz não tiveram bom resultado em tarefas de aprendizado espacial e mostraram uma redução de 30% do número de espinhas dendríticas, conexões que permitem a comunicação dos neurônios. Mas os ratos expostos a luz forte melhoraram seu desempenho.
Um dos autores do estudo observou que ocorre algo parecido “quando as pessoas não conseguem encontrar o caminho de volta ao carro depois de passar algumas horas no cinema”, sugerindo que o nível de luz pode ter o mesmo efeito sobre nós. Por sorte, quando os ratos do escuro foram expostos novamente à luz clara, a capacidade cerebral se recuperou inteiramente.
Num estudo em animais, uma pequena dose diária de Viagra, popular remédio para impotência masculina, reduziu em 50% a formação de pólipos cancerosos no cólon. O Viagra eleva o nível de uma substância que ajuda as células intestinais a formarem uma barreira física contra bactérias. São necessárias mais pesquisas para determinar se o mesmo efeito ocorre em seres humanos.
Todos sofrem algum declínio cognitivo ao envelhecer. Mas como algumas pessoas parecem sofrer pouca perda de memória mesmo décadas depois da meia-idade?
Chamadas pelos cientistas de superagers (supervelhos), essas pessoas com mais de 80 anos apresentam resultado tão bom em testes de memória quanto as de 50 anos a 65 anos e que, no mínimo, ficam na média da idade em outras avaliações de capacidade cerebral. A pesquisa constatou que os supervelhos têm menos placas de beta-amiloide e emaranhados neurofibrilares, ambos associados à doença de Alzheimer. Um novo estudo indica que uma das razões é genética.
Quando sequenciaram o genoma de 56 supervelhos, os cientistas descobriram que o gene MAP2K3 mudou mais em seu cérebro do que na maioria. O achado indica que “os supervelhos podem ter mais resistência às mudanças cognitivas ligadas à idade”, disse o principal autor do estudo.
Isso significa que podemos abandonar a escolha de um estilo de vida saudável – comer bem, exercitar-se regularmente, evitar estresse e cigarros – associado há muito tempo com um cérebro mais forte ao envelhecer? Claro que não. Essa pesquisa indica que as terapias voltadas para o gene MAP2K3 podem reduzir o declínio da memória ligado à idade. Inclusive em quem tem Alzheimer.
Pesquisadores constataram que amostras de lágrimas de pessoas com doença de Parkinson continham mais da forma tóxica da proteína alfasinucleína do que as de indivíduos saudáveis. Algum dia, essa descoberta pode permitir que os médicos diagnostiquem – e até tratem – o Parkinson antes do surgimento dos sintomas.