Teste realizado em 157 pessoas demonstrou eficácia de 44% para diminuir o risco de morte pelo câncer de pele.
Ainda em fase de testes, a vacina do laboratório da Moderna em conjunto com a MSD mostra resultados promissores para combater o câncer de pele melanoma, uma doença de alto risco. Durante um teste clínico realizado com 157 pessoas, a vacina diminuiu em 44% o risco de morte pela doença nos pacientes, segundo informações divulgadas pelos pesquisadores no último domingo (16).
Como é criada a vacina contra o câncer de pele
A Moderna afirmou que o imunizante utiliza tecnologia de RNA mensageiro, a mesma utilizada na formulação da vacina de Covid-19 da empresa, que estimula uma resposta imunológica nos pacientes. Porém, a dose da vacina contra o câncer de pele melanoma consiste em aplicação personalizada, ou seja, a dose depende da condição da doença de cada organismo.
Para o estudo, amostras do material genético específico do tumor foram coletadas e, então, as proteínas foram isoladas para gerar a vacina. Uma vez aplicada, o sistema imunológico é instruído à destruir as células cancerígenas.
Combate ao câncer
O teste intermediário também avaliou a resposta dos organismos que receberam a vacina em conjunto com a imunoterapia Keytruda, providenciada pela MSD, considerando as doses personalizadas da vacina Moderna.
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Dos pacientes que receberam a vacina e a imunoterapia, 79% estavam livres do câncer de pele melanoma em 18 meses após receber o imunizantes. Apenas com a imunoterapia, a recuperação foi de 62% dos pacientes que participaram do teste.
As imunoterapias, enquanto medicamentos pembrolizumabe, são utilizadas no tratamento de alguns tipos de câncer, incluindo o melanoma. Elas conseguem promover um avanço no que antes era um cenário incerto, permitindo com que os pacientes com câncer consigam respostas duradouras e com poucos efeitos colaterais ao longo do tratamento.
Agora, a promissora vacina da Moderna pode ser um avanço tanto no tratamento quanto no combate ao câncer de pele, assim como outros tumores, futuramente.
"Os resultados de hoje são altamente encorajadores para o campo do tratamento do câncer – o mRNA foi transformador para o Covid-19 e agora, pela primeira vez, demonstramos o potencial do RNA para ter um impacto sobre os resultados de um ensaio clínico randomizado em melanoma”, afirmou o diretor executivo da Moderna, Stephane Bancel.