Descoberta cura para covid de longa duração? Novo estudo indica caminhos para a saúde

Doença afeta uma em cada dez pessoas infectadas pelo coronavírus.

Carol Ávila | 9 de Junho de 2023 às 14:44

A covid de longa duração preocupa autoridades de saúde por suas complicações. - Imagem: Prostock-Studio / iStock

Um estudo publicado na última quinta-feira (08) na revista científica The Lancet Infectuous Diseases revelou um novo caminho para o tratamento da covid longa. A doença consiste na apresentação do sintomas da covid mesmo quatro ou mais semanas após a infecção. 

Misteriosa, a covid longa ainda preocupa autoridades de saúde que temem por maiores complicações nos casos da infecção. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a covid longa afeta, atualmente, uma em cada dez pessoas infectadas pelo coronavírus.

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Agora, as pesquisas evoluem para uma possível solução. Um medicamento chamado metformina apresentou redução de 40% no risco de desenvolver a covid de longa duração. O remédio é considerado o mais eficaz no tratamento para diabetes tipo 2 e costuma ser de custo acessível.

Como o estudo foi conduzido

O estudo de fase 3 publicado no The Lancet esta semana foi um teste descentralizado, randomizado, quádruplo-cego, de grupos paralelos em seis locais dos EUA.

Adultos de 30 a 85 anos com sobrepeso ou obesidade que apresentaram sintomas de Covid-19 por menos de 7 dias e um PCR ou teste de antígeno positivo documentado para SARS-CoV-2 dentro de 3 dias antes da inscrição participaram da pesquisa.

Ao todo, foram examinado 1.126 participantes. Metade do grupo recebeu o tratamento com metformina e a outra metade foi tratada com placebo nos dias seguintes da infecção. 

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Dez meses depois, os resultados apontaram que 35 pessoas do primeiro grupo foram diagnosticadas com covid longa, em comparação às 58 que desenvolveram a doença no grupo que recebeu placebo.

O teste foi realizado entre dezembro de 2020 e janeiro de 2022, incluindo casos da variante ômicron. Embora a análise tenha sido positiva, alguns especialistas argumentam que é preciso pesquisa mais à fundo certas questões.

Segundo o portal Uol, Frances Williams, professora de epidemiologia no King's College de Londres, atenta-se para o conceito da medicação de pessoas que não contraíram a doença, já que se trata de um método preventivo. 

 
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