Anvisa aprovou o ensaio clínico da Covaxin em humanos. A vacina está na fase 3 de testes e é feita em parceria com laboratórios indianos.
Letícia Taets | 27 de Maio de 2021 às 12:00
Duas semanas atrás, no dia 13/05, foi aprovado no Brasil pela Anvisa o ensaio clínico da nova vacina contra Covid-19, a Covaxin. Produzida em colaboração com o Conselho Indiano de Pesquisa Médica e o Instituto Nacional de Virologia, da cidade de Pune, na Índia, a Covaxin utiliza o vírus inteiro inativado para produção da vacina, assim como a Coronavac e a Astrazeneca, ambas já aprovadas no Brasil.
De acordo com dados preliminares, a Covaxin tem 100% de eficácia em relação a casos graves. Para a Coronavac, este índice é de 78% para casos moderados e também de 100% para casos graves. Já para a Astrazeneca, também conhecida como vacina de Oxford, este índice pode variar de 85% a 90%.
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O estudo foi solicitado pela Precisa Farmacêutica e vai entrar agora na fase 3 dos testes, em que milhares de pessoas de locais diferentes serão testadas. Os principais objetivos desta fase são demonstrar a segurança e eficácia da vacina no paciente típico, confirmar níveis de dosagem eficazes, identificar efeitos colaterais ou razões pelas quais o tratamento não deve ser administrado a pessoas com outra condição (conhecidas como “contra-indicações”), construir conhecimento sobre os benefícios do medicamento ou vacina e compará-los com quaisquer riscos. Além disso, também é possível comparar com os resultados com os obtidos atualmente pelos tratamentos existentes. Para saber mais como são feitas as vacinas e como funciona as fases de testes, veja a nossa matéria “Saiba como são feitas as vacinas“.
De acordo com o comunicado oficial do site da Anvisa, o estudo será aplicado em duas doses, com 28 dias de intervalo. Serão 4.500 voluntários por todo o Brasil, nos seguintes estados: São Paulo (3.000), Rio de Janeiro (500), Bahia (500) e Mato Grosso (500). O estudo da vacina também está sendo conduzido na Índia com outros 26,3 mil voluntários, totalizando 30.800 voluntários no estudo global.
Caso a Covaxin seja aprovada, se juntará às vacinas Coronavac e Astrazeneca no Brasil. Atualmente, 10% da população brasileira foi vacinada com as duas doses dos imunizantes, com um total de 21,3 milhões de pessoas vacinadas.