Nosso corpo está constantemente tentando ajustar nossa pressão arterial. Veja como o coração, os rins e as artérias agem para fazer isso.
Douglas Ferreira | 14 de Setembro de 2022 às 17:00
Você certamente não deseja que sua pressão arterial seja alta (hipertensão) ou baixa demais (hipotensão). O que você quer é que ela esteja dentro de uma faixa normal e saudável. Felizmente, seu corpo está constantemente tentando ajustar a pressão arterial para esse nível “ótimo”. Ele consegue isso usando três ferramentas principais: o coração, as artérias e os rins.
A ação bombeadora do coração eleva e abaixa a pressão arterial. Quanto mais arduamente seu coração precisa trabalhar, maior a pressão sobre as artérias. Um bom exemplo disso é quando você está varrendo e encerando a casa, ou quando está tenso durante uma entrevista de emprego. Por outro lado, o oposto também é verdadeiro: quando você está calmo e relaxado, seu coração bombeia mais lentamente. Ou seja, hábitos como descansar em uma praia tranquila diminuem a pressão sobre os vasos sanguíneos.
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A largura de suas artérias também afeta a pressão arterial. Para acomodar a oscilação do volume de sangue que vem do coração, as artérias são revestidas de músculos lisos. Essa musculatura pode se dilatar ou contrair quando o sangue flui por ela. Quanto mais desobstruídas e elásticas forem as artérias, menos resistentes elas serão ao fluxo de sangue e menos força será exercida sobre suas paredes. Já quanto menos elásticas, mais arduamente seu coração terá de trabalhar para transportar o sangue através delas. Veja aqui como desobstruir as artérias com métodos simples.
São os reguladores “esquecidos” da pressão arterial, aqueles que a maioria das pessoas não conhece. Mas os rins desempenham um papel importante nas subidas e descidas da pressão arterial. Isso porque controlam a quantidade de sódio que o corpo contém. O sódio retém a água, portanto determina o volume de água que permanece no sangue. Mais água significa mais sangue tentando abrir caminho pelos vasos sanguíneos, isto é, mais pressão sobre as paredes desses vasos. Menos água, claro, significa menos sangue e menos pressão.
Seu coração, suas artérias e seus rins são importantes para a regulagem de sua pressão arterial, mas não são os únicos. O cérebro e mais um complexo sistema de hormônios e enzimas também estão intimamente envolvidos no processo.
O cérebro entra nesse cenário por meio do auxílio de terminações nervosas diminutas, os barorreceptores. Nada mais são do que sensores que se “escondem” nas paredes das artérias principais, assim como no coração e nos pulmões.
Os barorreceptores agem como espiões, monitorando a pressão. Sempre que sentem uma alteração, eles rapidamente enviam uma mensagem ao cérebro. Por sua vez, o órgão emite ordens para o corpo liberar uma artilharia de hormônios para que o coração diminua ou aumente a frequência de contração. Deste modo, proporciona que as artérias se dilatem ou contraiam.
Dois entre os hormônios que recebem essas ordens do cérebro são a epinefrina e a norepinefrina, também conhecidas como adrenalina e noradrenalina. Quando você está muito estressado ou tenso, como ao assustar-se com um barulho repentino ou falar em público, o cérebro sinaliza para as glândulas suprarrenais liberarem esses hormônios, que pulsam rapidamente por seu corpo. Não é de admirar que sejam conhecidos como “hormônios do estresse”. Eles fazem o coração contrair-se mais rapidamente e as artérias se estreitarem, aumentando a pressão.
Agora que você já sabe como seu corpo trabalha para controlar sua pressão arterial, aprenda como medir a pressão e veja formas de mantê-la sob controle!