A Anvisa liberou o uso emergencial da vacina de Oxford, A Astrazeneca, e da CoronaVac, do Butantan, contra o Covid-19.
Redação | 18 de Janeiro de 2021 às 13:15
Foi liberado neste domingo (17) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso emergencial da vacina de Oxford e da CoronaVac contra o Covid-19, vírus que já provocou a morte de mais de duzentas mil pessoas por todo o território brasileiro.
Logo após a aprovação, o governo de São Paulo realizou a primeira vacinação no Brasil. Mônica Calazans, enfermeira de 54 anos, já havia sido voluntária na terceira fase dos testes da vacina, que apresentou uma taxa de eficácia geral de 50,38%.
A decisão a favor do uso emergencial das vacinas veio ao encontro do atual cenário de aumento do número de casos no Brasil e a ausência de alternativas terapêuticas aprovadas para prevenção e tratamento da doença.
Apresentado em 8 janeiro pelo Instituo Butantan, o pedido para o uso emergencial da CoronaVac, que também será produzida no Brasil, é referente a 6 milhões de doses importadas da farmecêutica chinesa Sinovac.
A aprovação do pedido do Butantan foi condicionada à assinatura de um termo de compromisso, que prevê o envio dos resultados sobre a imunogenicidade da CoronaVac. O Instituto terá, então, de enviar até o dia 28 de fevereiro os resultados sobre a capacidade da vacina em produzir anticorpos.
Em coletiva de imprensa, o governador João Dória declarou que a vacinação contra o Covid-19 começará em hospitais de referência e nas populações indígenas. Entretanto, não deu detalhes sobre quantidades de vacinações no Estado, que apresenta o maior índice de mortes.
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Na mesma coletiva, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, disse que das 6 milhões de doses, 4.636.936 serão enviadas para o governo federal. Já as outras 1.357.640 serão distribuídas pelo estado de SP.
Já o pedido feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para o uso emergencial da vacina feita em parceria com a universidade de Oxford foi enviado no dia 8 de janeiro.
A AstraZeneca, que também vem sendo desenvolvida no Brasil, demonstrou eficácia de 70,4%. Serão 2 milhões de doses, que nesse primeiro momento serão importadas do laboratório Serum, da Índia.
Aprovados, os dois imunizantes ainda não podem ser comercializados, apenas distribuídos no sistema público de saúde. Para que os laboratórios sejam autorizados a promover a venda de vacinas e a vacinação em massa da população é necessário pedir registro à Anvisa.
Até o momento, nenhum laboratório fez este pedido. A expectativa da Fiocruz é que o pedido seja feito até sexta-feira (22).
Inicialmente, as doses das vacinas serão destinadas às pessoas de grupos de risco como indígenas, idosos e profissionais de saúde.