A Seleções conversou com a infectologista Débora Otero sobre a importância da utilização de máscaras de pano e algodão durante a pandemia de Covid-19.
Desde o dia 23 de abril, o uso de máscaras passou a ser obrigatório por decreto no Rio de Janeiro e em Niterói. Esse decreto amplia a obrigatoriedade que outras cidades – como Manaus e Belo Horizonte, por exemplo – já haviam imposto em locais e transportes públicos.
A medida tem como objetivo conter a transmissão da Covid-19 durante a pandemia.
No caso de São Paulo, estado mais atingido pela Covid-19, desde o dia 24/4 um decreto também recomenda o uso de máscaras em todo o estado. E vale para para serviços essenciais como mercados e farmácias, e também em transportes públicos ou privados que levem passageiros. Assim como em bens públicos, como mares, lagos, rios, estradas, ruas e praças.
A medida é uma recomendação, mas pode mudar no futuro. Segundo ele e a Prefeitura de São Paulo, a obrigatoriedade do uso de máscaras pela população poderia ser um risco para os profissionais de saúde que necessitam do item para trabalhar.
Segundo a Dra. Débora Otero, médica infectologista e membro da diretoria da Associação dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia Hospitalar (ABIH), não há evidências sólidas de que o uso de máscaras evite a contaminação pelo coronavírus. Mas afirma que o item é uma barreira a mais para evitar a disseminação da doença, principalmente no caso dos pacientes assintomáticos.
Como usar as máscaras?
Recomenda-se o uso de máscaras de tecido de algodão, com duas camadas. E a Dra. Débora ressalta que essas máscaras não podem ser compartilhadas com outros membros da família. O ideal é cada pessoa possuir, ao menos, duas, para quando uma ficar úmida ou suja poder trocá-la.
Quando trocar a máscara na rua, a pessoa deve guardá-la em um saco plástico, e lavar com água e sabão quando chegar em casa. Depois deixar de molho em água sanitária de 20 a 30 minutos e finalizar com ferro de passar.
IMPORTANTE: sempre colocar ou retirar a máscara pelas fitas ou tiras, sem tocar na face anterior da máscara, para não contaminá-las.
Segundo a médica, essas medidas não substituem aquelas que têm impacto comprovado contra a disseminação do vírus, que são:
1. a higienização constante das mãos com água e sabão ou solução alcoólica
2. a limpeza de ambientes e
3. o isolamento social.
A Dra. Débora ainda reforça que se deve ter cuidado para que o uso de luvas não dê uma falsa sensação de proteção.
Confira abaixo o vídeo da Dra. Débora Otero explicando sobre a utilização de máscaras.
Para saber mais informações sobre medidas de contenção contra o coronavírus, assista o vídeo completo.