O DIU é um método contraceptivo com eficácia igual ou superior a 99%. Sua colocação e/ou retirada deve ser feita por um ginecologista.
Thaynara Firmiano | 2 de Julho de 2021 às 15:00
O DIU, dispositivo intrauterino, atua como um método contraceptivo. Por se tratar de um dispositivo interno, ele precisa ser colocado e retirado apenas por um ginecologista. Sua eficácia pode ser igual ou superior a 99%.
Existem três tipos específicos de DIU e eles podem ficar no útero por um longo período, entre 5 e 10 anos. O dispositivo intrauterino ainda pode ser considerado um método contraceptivo de emergência. Ele pode ser colocado até 48 horas após a relação sexual sem proteção.
A colocação do DIU deve ser sempre realizada por um profissional. Além disso, ela é idealmente feita nos períodos em que o útero está mais dilatado, ou seja, durante o período menstrual e em até alguns dias depois. Até o 12º dia do ciclo é o recomendado, mas pode ser realizado em qualquer período do ciclo menstrual.
O procedimento tende a durar de 15 a 20 minutos e é feito no próprio consultório ginecológico.
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Para colocar o DIU, a mulher precisa estar em posição ginecológica, com as pernas um pouco afastadas. O ginecologista responsável pelo procedimento vai inserir o dispositivo pelo canal vaginal até o útero.
Após a inserção, ficará uma cordinha, saindo do útero até o canal vaginal, que a mulher poderá sentir com o dedo, e indicará a colocação correta do dispositivo. Essa cordinha em nada interfere nas relações sexuais.
Existem três tipos e a escolha deve ser feita juntamente com seu médio. Cada um possui suas vantagens e desvantagens e funcionam à sua maneira. Após entender melhor sobre as opções você e seu médico poderão definir qual a melhor opção para seu corpo.
Este dispositivo é feito de plástico, mas revestido de cobre. Ele funciona jogando pequenas quantidades de cobre no útero, o que faz com que haja uma modificação no endométrio e evite a fecundação do óvulo.
Outra coisa importante é que ele também influencia no período em que o espermatozoide permanece vivo no útero, tornando esse tempo menor. Sua permanência no corpo pode ser, em média, de até10 anos.
Ao contrário de métodos contraceptivos hormonais, o dispositivo de cobre pode ser utilizado durante a amamentação.
É feito de plástico e revestido de prata e cobre. Assim como o de cobre, ele libera pequenas quantidades de cobre e prata no útero, sendo que, neste caso, a prata também funciona como uma proteção antioxidante para a parte de cobre do dispositivo. Ele também é capaz de aumentar o efeito contraceptivo.
Outra vantagem do dispositivo intrauterino de prata sobre o de cobre é o fato de que ele também ajuda na diminuição do fluxo menstrual.
O DIU Mirena libera as quantidades necessárias do hormônio levonorgestrel para a contracepção. Após a colocação do dispositivo no útero, ele pode influenciar o fluxo menstrual, deixando-o mais leve. Além disso, por se tratar de um procedimento hormonal, ele pode levar a mudanças de humor e libido, por exemplo.
Não é comum que haja contraindicações para a implantação do dispositivo intrauterino. Os casos de contraindicações são bem específicos, com os citados a seguir:
O DIU ainda pode ter alguns efeitos colaterais. Eles podem ser comuns em um tipo específico, ou mais gerais, devido à implantação do dispositivo, independentemente do tipo colocado.
Dentre os efeitos colaterais comuns estão as dores e contrações uterinas, mais comuns em quem não teve filhos. Além de sangramento após o procedimento e corrimento vaginal.
Quando apontado de forma mais específica, o DIU de cobre apresenta efeitos colaterais como aumento do fluxo menstrual, ou da duração do mesma. Dores durante o período menstrual também tendem a aparecer ou a se tornarem mais intensas.
Além disso, o sangramento mais abundante pode causar anemia. Mas esses sintomas são mais comuns nos primeiros meses após a colocação do dispositivo.
Já o DIU Mirena, por se tratar de um dispositivo hormonal, possui efeitos colaterais como diminuição do fluxo menstrual, ou meses sem que haja menstruação. É normal que ocorram escapes, os sangramentos menstruais fora de época. Além do aparecimento de espinhas, dores de cabeça e incômodo nos seios. Outros efeitos possíveis são o surgimento de cistos nos ovários, além de retenção de líquido e aumento de peso.