Na maioria dos casos, a artrite reumatoide é uma doença progressiva. Contudo, há alternativas que podem minimizar os sintomas.
Na maioria dos casos, a artrite reumatoide é uma doença progressiva. Com frequência, as crises têm início sem razão aparente. Há muitas alternativas disponíveis para ajudar a reduzir a gravidade dos sintomas e garantir o bem-estar dos pacientes.
Cuide bem das articulações
A mecânica das articulações é sensível ao aumento do peso corporal que, por menor que seja, ocasiona uma pressão quatro ou cinco vezes maior sobre algumas partes da articulação do que sobre outra região qualquer do corpo – assim basta perder um pouquinho de peso para aliviar a carga sobre as articulações de forma significativa. Se você estiver acima do peso e tiver artrite reumatoide nas articulações de sustentação (joelhos e quadril), vale a pena emagrecer para reduzir a pressão imposta sobre elas. Exercícios regulares associados a uma dieta saudável são fundamentais para atingir essa meta. Há também uma série de acessórios e dispositivos que podem ajudar você a realizar as atividades do dia a dia.
Use calçados adequados
Assim como na osteoartrite, é importante usar sapatos que dêem sustentação e sejam confortáveis. Os pés acometidos pela artrite reumatoide tendem a aumentar de tamanho e a sofrer alterações de formato, portanto talvez seja necessário você calçar sapatos de um número maior. Se tiver dificuldades em encontrar um calçado adequado, procure um podólogo; talvez os calçados tenham de ser feitos sob medida. Um par de tênis que ofereça sustentação aos pés é imprescindível na hora em que você for fazer exercícios. Opte por um tênis que absorva impactos, para proteger os joelhos.
Apoie as articulações quando necessário
Durante as crises graves, talvez seja útil adotar uma bengala ou um andador, de forma a retirar um pouco de peso dos joelhos ou dos quadris doloridos. O uso de talas e tipoias pode ajudar a limitar o movimento de articulações muito doloridas. É fundamental procurar a orientação de um fisioterapeuta ou de um terapeuta ocupacional.
Mantenha-se ativo
Quando as articulações estão doloridas, a simples ideia da prática de exercícios parece absurda. Mas é importante manter a mobilidade, reduzir a rigidez e conservar a força dos músculos. A atividade física estimula a liberação de endorfinas, substâncias que ajudam a bloquear os sinais de dor. Como as articulações acometidas pela artrite reumatoide necessitam tanto de repouso quanto de atividade, é preciso achar um equilíbrio.
A gravidade dos sintomas da artrite reumatoide varia de pessoa para pessoa, e de dia para dia. O ideal é encontrar um nível de atividade física que conserve o indivíduo ativo, sem piorar a doença. Antes de começar a se exercitar, procure orientação médica. O fisioterapeuta será capaz de planejar um programa de exercícios para melhorar o desempenho das articulações, desenvolver a resistência e o condicionamento físico. Ele poderá sugerir maneiras de trabalhar cada articulação, embora muitos especialistas destaquem que exercícios destinados ao corpo todo sejam mais benéficos do que os que se concentram em partes específicas.
Os médicos recomendam que os portadores de artrite reumatoide evitem esportes violentos ou de grande impacto. A caminhada é uma ótima opção de exercício que pode iniciar suavemente e evoluir de forma gradual. A natação e a hidroginástica são boas formas de exercitar os músculos e movimentar as articulações sem submetê-las a esforço adicional. Também são bons os exercícios aeróbicos, pois trazem benefícios para o coração e os pulmões, além de promoverem a queima de gordura corporal.
Cuide bem de você
Tente eliminar o estresse do dia a dia e destine um tempo para relaxar. O estresse pode contribuir para o desenvolvimento da artrite reumatoide. Embora essa relação ainda não tenha sido comprovada, acredita-se que técnicas de relaxamento e outras terapias que trabalham o corpo e a mente, como a ioga e o tai chi chuan, tragam efeitos positivos e reduzam a intensidade da dor. A ioga e o tai chi chuan aprimoram o equilíbrio e a postura, o que alivia um pouco a pressão e o peso sobre as articulações.
Como acontece com outras doenças crônicas, conviver com a artrite reumatoide pode ser desgastante. A imprevisibilidade das crises gera muito estresse, além da ansiedade para confirmar se o medicamento receitado é mesmo eficaz. O período pós-diagnóstico é um dos mais difíceis.
Um clínico geral é a porta de entrada para o início do tratamento; ele deve compreender as dificuldades de se lidar com a doença e ser apto a orientar o paciente. O contato com associações de portadores da doença e a troca de experiências entre os pacientes ajudam a manter a atitude positiva e a obter mais informações.