Manter-se bem informado é muito importante para manter a saúde em dia. Por isso, confira as pesquisas mais recentes sobre saúde e bem-estar!
Redação | 1 de Dezembro de 2020 às 01:02
Manter-se bem informado é muito importante para manter a saúde em dia. A informação segura e confiável é também a melhor forma de prevenção contra as notícias falsas. Por isso, nós reunimos algumas pesquisas sobre saúde e bem-estar que vão ajudá-lo a manter-se bem informado.
Com tanta gente trabalhando em casa, geralmente em mesas improvisadas sem ergonomia, parece que todo mundo passou a se queixar de dor lombar. Mas talvez haja uma cura fácil: cientistas lituanos demonstraram que a prática regular de exercícios de estabilização da coluna lombar é um modo eficaz de se livrar dessa dor – e mantê-la longe. Esses exercícios fortalecem os músculos que sustentam a parte inferior da coluna e facilitam movimentos seguros. Entre eles, por exemplo, está o exercício de trazer os joelhos até o peito, realizado deitado de costas. Só é preciso o compromisso com 45 minutos de exercícios de estabilização lombar duas vezes por semana.
O adolescente da família em geral tem olheiras? Os anos da adolescências trazem uma série de novas ameaças ao sono, como o fim da hora de se deitar imposta pelos pais e um ciclo de dormir e acordar naturalmente mais tarde. Embora não pareça grande coisa, o sono inadequado pode contribuir com problemas de saúde mental. Um estudo do Reino Unido verificou que adolescentes de 15 anos que dormiam menos nos dias de aula tiveram probabilidade significativamente maior de apresentar depressão ou ansiedade por volta dos 20 anos. A terapia cognitivo-comportamental para a insônia ajuda as famílias a identificar e resolver as causas subjacentes, sejam ligadas a maus hábitos antes de dormir – muito tempo de tela tarde da noite, por exemplo – ou a outros fatores.
Se a mobilidade limitada ou as medidas de distanciamento social da Covid-19 reduziram as oportunidades de se exercitar, uma rotina simples de alongamentos ainda pode melhorar a saúde cardíaca. Numa experiência italiana recente, os participantes que fizeram uma série de alongamentos de perna cinco vezes por semana durante 12 semanas melhoraram a função vascular (a capacidade das artérias de se contrair e se dilatar) e diminuíram a rigidez arterial, mesmo além das pernas. Essas mudanças reduzem o risco à saúde, pois a rigidez arterial e a função vascular contribuem com o diabetes e as doenças do coração.
Muitos anos de pesquisa deixam pouca dúvida de que concussões repetidas provocam lesão cerebral irreversível e até suicídio em atletas profissionais que praticam esportes de contato, como rúgbi e hóquei no gelo. E os impactos menores na cabeça, comuns até em atletas amadores? Cientistas da Western University, em London, na província canadense de Ontário, constataram que eles também podem causar mudanças visíveis na estrutura e na conectividade do cérebro. Essas alterações podem atrapalhar a capacidade do cérebro de transmitir informações de uma área a outra e se acumulam com o tempo, indicando possíveis ramificações a longo prazo. Atletas, pais e treinadores que quiserem mais segurança devem limitar todos os tipos de impacto na cabeça, não só os que causam sintomas óbvios.
Um número reduzido de estudos clínicos de novos medicamentos inclui idosos com pouca saúde geral. Uma exceção é um estudo italiano recente que examinou quase 1,3 milhão de idosos, com média de 76 anos, cada um com pelo menos três medicamentos receitados para a pressão. Comparados com participantes que tomavam os remédios menos de um quarto das vezes, os que tomavam direitinho tinham probabilidade 33% menor de morrer em sete anos. Os pacientes mais saudáveis aumentaram ainda mais a longevidade por seguir a receita médica, mas os dois grupos se beneficiaram.
Além da dor nas articulações, a artrite reumatoide também provoca fraqueza e exaustão constantes em até 90% dos pacientes. O repouso não ajuda. Pior ainda, não há tratamento eficaz.
Mas um estudo belga com pacientes recém-diagnosticados com a doença indica que no início há uma janela de oportunidade para mitigar o problema. A artrite reumatoide é uma das muitas doenças em que o sistema imunológico ataca tecidos do próprio corpo e causa inflamações. No estudo, alguns participantes receberam metotrexato, medicamento que reduz a atividade do sistema imunológico e a inflamação. Por causa da segurança e da eficácia, esse é o padrão ouro do tratamento, mas leva vários meses para começar a fazer efeito.
Os outros participantes também receberam metotrexato, mas além dele tomaram prednisona, um anti-inflamatório mais arriscado, porém de ação mais rápida. (Os possíveis efeitos colaterais são agitação, retenção de líquido e insônia.) Quando se aproximava a época em que o metotrexato começaria a fazer efeito, esses pacientes reduziram a prednisona. Os que tomaram essa combinação se sentiram menos fatigados nos dois anos seguintes e não tiveram mais efeitos colaterais do que o outro grupo. Tudo isso é uma grande motivação para que os pacientes com artrite reumatoide conversem com o médico para começar o tratamento intensivo o mais cedo possível.
Na disseminação da Covid-19, os centros de controle de venenos do mundo inteiro observaram um aumento dos chamados. Os Centros Americanos de Controle e Prevenção de Doenças fizeram uma pesquisa e confirmaram que não era coincidência. Na tentativa mal-informada de se proteger, em parte talvez por conta das observações de Donald Trump, quase quatro entre dez entrevistados usaram de maneira potencialmente perigosa produtos de limpeza doméstica, água sanitária ou desinfetantes de superfície para limpar hortaliças frescas, borrifar o corpo ou lavar as mãos. Ingerir esses produtos pode causar envenenamento. As autoridades de segurança alimentar recomendam lavar hortaliças frescas com água. E lave as mãos e o corpo com sabão, que comprovadamente mata o vírus da Covid-19.