Apesar de ser muito comum, nem sempre a asma em crianças é diagnosticada corretamente. Confira as dicas.
Redação | 22 de Janeiro de 2019 às 18:00
Cerca de 50% a 80% das crianças com asma desenvolve sintomas antes dos 5 anos. Entretanto, a grande maioria desses sintomas é causada por infecções virais, e não alergias. Este é um motivo pelo qual os sintomas da asma às vezes são ignorados pelos médicos.
Se você constatar que seu filho apresenta tosse, sibilos (chiados no peito), dispneia (falta de ar), respiração rápida ou sensação de aperto no peito, tudo isso de forma periódica ou persistente, e se esses sintomas são piores durante o fim da tarde ou o início da manhã ou estão associados a fatores desencadeadores (como exercícios ou exposição a alérgenos), peça ao médico que o avalie para asma.
Tenha em mente que o fato do seu filho não apresentar sibilos não significa que ele não tem asma; nem todo sibilo é sinal de asma. Infecções respiratórias, rinite, sinusite e disfunção das cordas vocais também podem causar sibilos.
Já a rinite alérgica, outra doença comum, ocorre mais tarde, por volta dos 9 ou 10 anos. Assim, caso seu filho já tenha sido diagnosticado com asma e desenvolva sintomas nasais de alergia, você deve ficar atento. Os primeiros dois ou três anos lidando com as alergias infantis serão os piores. Depois, os sintomas costumam estabilizar, e podem até mesmo melhorar quando seu filho entrar na fase adulta. Na verdade, cerca de 20% das crianças com rinite alérgica constatam que seus sintomas desaparecem quando se tornam adultos.
Assim como acontece com a asma, com frequência, a rinite alérgica não é diagnosticada e nem tratada nas crianças. Os sinais a serem procurados são “brilho alérgico” sob os olhos, uma “crosta alérgica” no nariz decorrente da coceira constante, voz anasalada, respiração constante pela boca com os lábios entreabertos, roncos frequentes e boca totalmente aberta. Outros sintomas possíveis incluem fraqueza, fadiga, irritabilidade e pouco apetite.
Após o diagnóstico médico, surge outro desafio: nem sempre é fácil fazer uma criança tomar um remédio. Entre as crianças com menos de 5 anos é mais provável que seja necessário o uso de nebulizador com uma máscara facial, sobretudo durante uma emergência de asma. Até mesmo as crianças mais velhas podem se mostrar avessas aos comprimidos e inaladores. O que os pais devem fazer?
Faça disso uma brincadeira: Se o seu filho é muito pequeno, dê-lhe seu brinquedo preferido durante a nebulização para que ele se sinta confortável durante o procedimento.
Torne o momento especial: Um vídeo especial para assistir durante a nebulização ou uma guloseima dada somente após o tratamento podem ajudar.
Gosto bom: Se o remédio do seu filho tem um gosto ruim, verifique nas farmácias se não existe uma versão com sabor.
Torne mais fácil de engolir: Umedecer uma cápsula de gelatina pode torná-la mais mole e mais fácil de tomar. Ou pergunte ao médico se é possível colocar o medicamento em um copo de suco, amassá-lo com frutas ou sorvete.
Pergunte sobre a administração menos frequente: Pergunte ao médico se existem doses de ação mais longa que seu filho possa tomar, ou se é possível dar duas doses do remédio uma só vez, reduzindo o estresse da “hora de tomar o remédio”.