Gripes e resfriados podem ter graves consequências à saúde, por isso, é necessário evitá-las. Saiba quais medidas você deve tomar!
Laura Oliveira | 28 de Novembro de 2021 às 11:00
Estima-se que pessoas adultas tenham de dois a quatro resfriados por ano. Para os jovens, os resfriados são apenas um aborrecimento. Mas os resfriados nos idosos podem ser os precursores de doenças graves, como bronquite e pneumonia viral. E, a gripe, pode ser ainda pior.
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Assim como os resfriados, a gripe é causada por vírus e muito mais perigosa em pessoas mais velhas. Das 36 mil mortes anuais por gripe que ocorrem nos Estados Unidos, por exemplo, a maioria é de pessoas acima de 65 anos. De modo geral, aquelas com 75 anos ou mais correm o maior risco de morrer por causa da gripe. Em seguida, encontram-se as crianças com menos de 4 anos.
Você costuma ignorar gripes e resfriados? Isso pode representar um problema quando ficar mais velho. Assuma o controle dos resfriados e das gripes hoje para que não gerem consequências amanhã. Veja abaixo algumas dicas de como prevenir a gripe e fuja do vírus!
Esse é todo o tempo que você precisa despender se exercitando ao longo de um ano para reduzir o risco de resfriados. Estamos falando sobre exercício moderado, como caminhar ou andar de bicicleta em um nível de intensidade que ainda lhe permita conversar. O exercício moderado é uma das melhores formas de prevenir infecções virais.
Relaxe e você terá menos resfriados. Parece que as pessoas felizes, relaxadas e ativas são menos propensas a ter resfriados, mesmo se forem infectadas com o vírus. Os pesquisadores ainda têm de compreender a relação entre os estados psicológicos e o sistema imunológico, mas estudos confirmam a sua existência.
Se você pensa que tosses e espirros são a forma mais comum de disseminar doenças, está errado. É muito mais provável que você pegue o resfriado de alguém por meio de um aperto de mãos. É por isso que os hospitais estimulam os profissionais de saúde a usar gel higienizador de mãos antes do contato com os pacientes. E é por isso que é uma boa ideia carregar um frasquinho desse produto a todo lugar que se vá. Se não for possível evitar o aperto de mãos, esfregue-as com o gel assim que puder – e evite tocar o rosto nesse meio-tempo para que os germes não entrem pelo nariz.
Há muita controvérsia sobre os benefícios da vitamina C quando o assunto é prevenir ou curar resfriados. Seja como for, uma coisa é bastante clara: não há muita diferença entre tratar resfriados e reduzir sua intensidade ou duração. Entretanto, um extenso estudo japonês descobriu que as pessoas que ingeriram doses diárias de vitamina C durante cinco anos tiveram muito menos resfriados do que aquelas que não tomaram a vitamina C extra. Se você optar por tomar suplementos, tome 500 mg por dia. Os participantes que tomaram essa dosagem reduziram em 1/3 a probabilidade de ter três ou mais resfriados durante o estudo do que aqueles que tomaram apenas 50 mg.
Ele não vai curar o resfriado comum, mas pode ajudar a preveni-lo. Essa foi a conclusão a que chegaram os pesquisadores britânicos ao darem cápsulas de alho ou placebos a 146 voluntários, todos os dias, de novembro a fevereiro (a estação mais fria). No grupo que consumiu alho ocorreram 24 resfriados contra 65 no grupo que consumiu o placebo – uma diferença significativa. Além disso, os resfriados do grupo do placebo foram mais longos e mais fortes do que os do grupo do alho.
Os cientistas agora acreditam que a falta de vitamina D – relacionada à falta de luz solar no inverno – explica por que esta é a estação com o maior índice de resfriados e gripes.
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Estudos mostraram que a vitamina D, tanto a produzida pela exposição à luz solar quanto a consumida sob a forma de suplemento, protege contra todos os tipos de infecção respiratória. Por quê? A vitamina D é um componente-chave para impedir que o sistema imunológico provoque uma reação exagerada, reduzindo assim a inflamação e a oxidação (responsáveis pelos sintomas de resfriados e gripes). Ao mesmo tempo, a vitamina D estimula a produção das células que revestem o trato respiratório e ajudam a prevenir a infecção.
Passar 20 minutos por dia ao sol com as mãos, o rosto e os braços expostos faz com que o corpo chegue a produzir cerca de 20 mil UI de vitamina D em dois dias, no máximo. Um copo de leite só fornece 98 UI de vitamina D.
Sentir que está perdendo o controle, tanto no trabalho quanto em casa, estressa o sistema imunológico até o ponto de exaustão, deixando-o vulnerável a pegar um resfriado. Essa foi a conclusão dos pesquisadores ao estudarem mais de 200 trabalhadores ao longo de três meses. Mesmo aqueles que mantinham o trabalho sob controle eram mais propensos a começar a espirrar se perdiam a confiança ou tendiam a se culpar quando as coisas davam errado.
Uma pesquisa com 1.000 adultos revelou que 43% quase nunca lavavam as mãos após tossirem ou espirrarem. Já 32% não as lavavam sempre antes de almoçar. E 54% não as lavavam o bastante para remover os germes e a sujeira de modo efetivo.
Em um estudo que mensurava o total de germes nas mãos dos voluntários, os pesquisadores descobriram que lavar as mãos apenas uma vez, mesmo com sabonete antibactericida, não era suficiente. Então, lave duas vezes e faça isso com frequência. Eles também notaram que, após um ano lavando as mãos regularmente, poucos micróbios ficavam nas mãos dos voluntários mesmo depois de apenas uma lavagem.
A injeção contra a gripe não o protege apenas de contrair gripe. Ela pode protegê-lo de complicações resultantes da gripe, que são graves em pessoas idosas ou frágeis, assim como em qualquer um que sofra de doenças múltiplas.
As complicações incluem risco maior de internação por causa de pneumonia, insuficiência cardíaca e AVC. E, como consequência, risco maior de morte. Estudos sobre os benefícios da vacinação contra gripe em diversos grupos revelaram resultados variados – provavelmente por outras diferenças entre as pessoas propensas a tomar a vacina e as que não o são.
Embora a opinião varie em relação ao fato de a vacina proteger ou não os idosos, a maioria dos estudos sugere benefícios significativos em termos de redução das taxas de complicação entre os grupos vulneráveis. É por isso que órgãos oficiais de saúde em alguns países oferecem uma vacinação anual contra a gripe a todas as pessoas com mais de 65 anos e às portadoras de doença crônica respiratória, cardíaca, hepática ou renal e diabetes, além das que apresentam o sistema imunológico comprometido.
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Já ficou provado que a vacina é segura e, em geral, não apresenta efeitos colaterais além de leve dor no local da aplicação. Às vezes, provoca sintomas semelhantes aos de uma gripe. Mas isso não leva à gripe em si – nem pode, porque não são usados vírus vivos no preparo da vacina. Reações alérgicas ou de outro tipo à imunização são extremamente raras.
Isso acontece porque os vírus que causam a gripe sofrem pequenas transformações de um ano para o outro. Dessa forma, uma vacina nova tem de ser desenvolvida de acordo com outras cepas de cada ano. É importante se vacinar todos os anos se você pertence a um dos grupos de risco.
No Brasil, a gripe ocorre principalmente no inverno. Com uma época de pico entre maio e julho, a campanha de vacinação é feita em março e abril. O sistema imunológico leva de 10 a 14 dias para produzir os anticorpos contra os vírus da gripe. No entanto, a forma mais indicada para saber se há uma campanha de vacinação em andamento é consultar os boletins informativos da prefeitura da sua cidade ou do Ministério da Saúde.
A vacina contra a gripe “apresenta” ao sistema imunológico o vírus influenza de modo que ele possa desenvolver um anticorpo em resposta, com mais rapidez, quando a situação realmente acontecer. No entanto, quanto mais velho você estiver, menos efetiva se torna a vacina. As dicas a seguir fortalecem o sistema imunológico de modo que a vacina atue melhor.