O urucum é bastante conhecido por ser um corante natural. Mas, além disso, ele proporciona diversos benefícios para a saúde.
Douglas Ferreira | 3 de Agosto de 2021 às 19:00
O urucum tornou-se bastante conhecido graças ao pigmento extraído de suas sementes. Entre os índios brasileiros era denominado uru’ku, cujo significado é “vermelho”, em referência à cor do revestimento de suas sementes. O pó extraído das sementes era muito utilizado para pintura de utensílios domésticos e para tingir a pele. Em 1550, em cartas encaminhadas à Corte Portuguesa, já eram feitas referências à pintura com Urucum usadas pelos índios.
A pintura no corpo faz parte das tradições indígenas, representa uma forma de linguagem e serve de proteção contra as picadas de insetos. Geralmente, os índios a usavam como adorno em festas e rituais, para demonstrar alegria e agradecimento. Ele também era usado na pintura dos recém-nascidos e das meninas (por ocasião da primeira menstruação), assim como em cerimônia nupciais, rituais antropofágicos de sacrifícios de prisioneiros, ritos funerários e na pintura dos ossos, em cerimônias de exumação.
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Além de ser usado para pinturas corporais, a trituração das sementes dá origem ao colorau, condimento muito usado para dar cor aos pratos. Mas você sabia que esse pigmento milenar também é utilizado em cosméticos e possui benefícios para a nossa saúde?
O urucum é rico em flavonoides, carotenoides, vitamina A, magnésio, cálcio, potássio e fósforo. Todos esses nutrientes o tornam um poderoso antioxidante e anti-inflamatório.
Atualmente, o urucum é utilizado na indústria de cosméticos, para a produção de bronzeadores; isso porque ele é uma ótima fonte carotenoide. Além disso, por ajuda a combater o envelhecimento da pele e prevenir linhas de expressão, ele também é utilizado na composição de óleos para a pele e hidratantes.
Já na medicina, o urucum é utilizado pelo menos desde o século XVII. Entre os índios, o pó da sementes era considerado afrodisíaco. As sementes piladas e maceradas em água são usadas como expectorante e têm demonstrado eficácia na redução do açúcar no sangue. As raízes são usadas como diurético, antidiabético, hipotensor e broncodilatador, inibindo a secreção gástrica e eliminando cólicas.
Já as folhas têm sido usadas como tônico, facilitadoras da menstruação e contra náuseas. Há comprovação de atividades antiespasmódica, hipoglicemiante, antipirética e anti-inflamatória.