O estresse crônico pode afetar sua saúde, levando a doenças permanentes e comprometendo o sistema imunológico.
Redação | 26 de Julho de 2022 às 17:00
Toda vez que você é confrontado com um fator estressante, seu corpo libera os hormônios do estresse: adrenalina e cortisol. Por sua vez, eles enviam sinais a outras partes do corpo, no intuito de prepará-las para agir. Como acontece com o glicogênio muscular, que é usado pelo próprio músculo para fornecer energia instantânea para as células musculares.
Os músculos se contraem, os pulmões se expandem, o coração bate mais rápido. A respiração também acelera, e a pressão arterial se eleva para mandar mais sangue rico em oxigênio para todo o corpo. Quando o corpo fica em estado de alerta, o cortisol reduz o gasto de calorias para poupar energia em caso de algum perigo.
Contudo, um organismo saudável logo volta ao estado normal após um momento de tensão. Se isso não acontece, pode ser um caso de estresse crônico, como por exemplo a hipertensão se manifestando. Entenda a seguir como ocorre a resposta do corpo ao estresse.
Liberados no processo de aceleração desenfreada, os hormônios cortisol, adrenalina e noradrenalina diminuem o calibre dos vasos e, com o tempo, podem potencializar o risco de hipertensão e arritmias cardíacas.
O cortisol é um poderoso estimulador de apetite, que aumenta com as alterações metabólicas. Sempre que uma pessoa se sente ameaçada, o corpo libera cortisol. Isso faz com que o corpo produza adrenalina e insulina para transformar o glicogênio, uma reserva de energia armazenada no fígado, em açúcar. Em desequilíbrio, essa interação pode levar à resistência insulínica e até mesmo ao diabetes.
Níveis cronicamente elevados do hormônio fazem as células gordurosas no abdome a se encher com mais lipídios, criando uma forma letal de gordura. A chamada gordura visceral amplia o risco de doenças cardíacas, como a angina. Também podem surgir outras condições comumente relacionadas ao estresse, como refluxo gástrico, constipação, síndrome do intestino irritável, depressão, ansiedade e fadiga.
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Além de regular os níveis de açúcar no sangue e controlar o estresse, o cortisol ajuda o organismo a reduzir inflamações. Mas fica o alerta: quadros infecciosos, calor ou frio excessivos estimulam sua síntese. Como a maioria dos sistemas do corpo, o sistema imunológico tem natureza cíclica. Depois que termina o ataque a corpos estranhos, o cérebro libera a produção de cortisol para suprimir a resposta imunológica.
Se o corpo estiver produzindo cortisol o tempo todo (sob estresse crônico), o hormônio vai suprimir a imunidade constantemente. Em consequência disso, ficará vulnerável a infecções. Ou seja, ficar tenso também pode prejudicar sua imunidade.
Outros efeitos negativo do excesso de tensão no organismo são a rigidez muscular, queda do desempenho cognitivo, distúrbios da tireoide, problemas de pele, disfunção erétil e menor função reprodutiva e ossos enfraquecidos. Portanto, evitar o estresse não é só uma questão de saúde mental, mas também física.
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