Uma boa alimentação na gravidez, com a ingestão diária recomendada, é fundamental para a saúde e desenvolvimento do feto.
Douglas Ferreira | 15 de Agosto de 2022 às 17:00
Uma boa alimentação durante a gravidez é fundamental para ter uma gestação saudável. A nutrição da mãe durante a gestação determina o desenvolvimento adequado das potencialidades do bebê. Sua evolução cognitiva pode ficar comprometida. Isso porque a alimentação interfere na maturação das estruturas do sistema nervoso. Logo, consultar um nutricionista durante a gestação é aconselhável para saber se está ingerindo os nutrientes necessários e em quantidades satisfatórias.
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Outra questão a destacar é que a gestante deve evitar consumir substâncias perigosas, já que também podem prejudicar o desenvolvimento cognitivo normal do bebê.
Numerosos estudos têm sido conduzidos sobre os efeitos da dieta na mãe gestante e no filho a nascer. Os resultados apontam as seguintes conclusões:
Uma vida equilibrada e uma alimentação saudável podem colaborar para uma gravidez tranquila. Embora seja importante manter uma dieta controlada ao longo da gestação, é fundamental adotar uma boa alimentação. Ainda mais durante os três primeiros meses de gravidez. Isso porque o desenvolvimento da medula espinhal, do coração e da maior parte dos tecidos do feto ocorre nesse período.
Melhorar a alimentação antes mesmo da concepção ajudará na formação de reservas de vitaminas e minerais. Ácido fólico, ferro, cálcio e vitamina B12, por exemplo, são alguns dos compostos necessários para um desenvolvimento normal do feto.
As alterações fisiológicas ocorridas durante a gravidez exigem a ingestão de uma série de nutrientes que ajudarão o corpo a manter uma gestação tranquila. Além disso, também ajuda a se preparar para o parto e a amamentação. A alimentação diária deve incluir: grandes quantidades de grãos integrais; legumes, verduras, frutas; laticínios, fontes de proteína com baixo teor de gordura; cerca de seis a oito copos de água e o mínimo de doces e gorduras saturadas. De modo geral, a maioria das gestantes precisa aumentar o consumo diário de calorias, mas sem exageros (por volta de 300 calorias a mais que o consumo normal).
O cálcio é fundamental para o desenvolvimento dos dentes, dos ossos e do esqueleto do feto. Se uma gestante não consome a quantidade necessária de cálcio, o feto retirará do seu reservatório o que necessita; portanto, uma grande quantidade de cálcio será essencial para ajudar a mãe a preservar sua densidade óssea.
Mulheres grávidas precisam do ferro para reabastecer as reservas de glóbulos vermelhos e armazenar a nova quantidade exigida pelo organismo com o aumento do volume de sangue. O abastecimento de sangue de uma grávida aumenta para poder nutrir o feto de forma adequada; é necessário ferro em grandes quantidades para ajudar no transporte de oxigênio pelo corpo tanto da mãe quanto do bebê.
O feto também retém ferro para os primeiros momentos de vida. Alimentos ricos em vitamina C facilitam a absorção de ferro e são ricos em outras substâncias benéficas.
O folato é a vitamina B que ajuda a prevenir defeitos congênitos, como espinha bífida e malformações no cérebro, que podem se desenvolver durante o primeiro mês de gestação. Para assegurar os níveis ideais dessa importante vitamina, os especialistas recomendam às mulheres tomar suplementos de ácido fólico três meses antes da concepção. Como cerca de metade das gestações não é planejada, sugere-se que todas as mulheres em idade fértil procurem ingerir folato diariamente.
A proteína é importante para a placenta e o desenvolvimento do feto. O frango magro, além de ser fonte de proteínas, contém vitamina B12 e zinco, fundamentais para uma gravidez saudável.
Os carboidratos complexos ajudam a mulher a produzir a energia necessária, além de fornecer uma quantidade vital de glicose para o desenvolvimento normal do sistema nervoso do feto. Esses alimentos também contêm vitaminas, minerais e fibras em abundância.
Fazer pequenas refeições e evitar longos períodos de jejum pode aliviar o enjoo causado pelas alterações hormonais durante os três primeiros meses de gestação. Além disso, tente comer biscoitos de água e sal ou torradas puras ao acordar ou pouco antes de dormir. Coma alimentos ricos em nutrientes e proteínas e evite os muito salgados ou gordurosos. O gengibre, como todos os alimentos ricos em vitamina B6, atua como agente natural contra o enjoo. Para evitar a prisão de ventre, selecione alimentos ricos em fibra, como brócolis, lentilha, grãos integrais, frutas secas e linhaça.
Como informado, a ingestão de cálcio em quantidade adequada é fundamental, pois o organismo feminino retira cálcio de seus próprios ossos para fornecê-lo ao feto, que precisa desse mineral para alimentar seus ossos e desenvolver seu esqueleto. Alguns alimentos que você pode incluir na sua rotina são: brócolis, iogurte natural light, leite desnatado e verduras folhosas.
Mulheres grávidas também precisam de uma quantidade maior de ferro para reabastecer sua reserva de glóbulos vermelhos e se ajustar à demanda provocada pelo aumento de volume sanguíneo. Alguns alimentos diferentes e ricos em ferro para incluir na rotina alimentar são: amaranto, quinoa e tofu.
O folato, vitamina do complexo B tão importante durante a gravidez pode ser adquirido ao ingerir aspargo, beterraba e lentilha.
Estudos sobre os efeitos da cafeína no feto apresentaram resultados contraditórios; no entanto, o senso comum diz que devemos restringir alimentos cafelados, pois a cafeína é um estimulante. Não se deve ingerir bebida alcoólica e, muito menos, fumar.
Embora os peixes contenham óleos saudáveis, não é recomendável às grávidas comê-los em grande quantidade, visto que uma forma de mercúrio, o metilmercúrio, pode ser prejudicial ao desenvolvimento do sistema nervoso do feto.
Não ingira laticínios não-pasteurizados também, pois podem conter Listeria (um tipo de bactéria), que prejudica o feto. Para evitar outras doenças relacionadas com hábitos alimentares, é importante lavar bem as frutas e legumes e não beber sucos não-pasteurizados.