Uma dieta com um consumo moderado de açúcar pode contribuir para uma boa saúde cardíaca.
Thyago Soares | 12 de Dezembro de 2024 às 12:40
Um novo estudo realizado pela Universidade de Lund, da Suécia, aponta que ingerir uma quantidade limitada de doces e ‘bobagens’ pode ser mais eficaz na redução das doenças cardiovasculares do que uma dieta totalmente sem açúcar.
A pesquisa tem como responsável a cientista Suzanne Janzi e foi publicada no periódico Frontiers in Public Health, Janzi cruzou informações acerca da dieta dos habitantes da Suécia e se debruçou sobre os impactos que o açúcar possui na saúde do coração dos suecos.
“Embora nosso estudo observacional não possa estabelecer a causalidade, essas descobertas sugerem que a ingestão extremamente baixa de açúcar pode não ser necessária ou benéfica para a saúde cardiovascular”, afirmou a pesquisadora.
Suzanne reforçou que para nortear a sua pesquisa, ela precisou levar em conta os hábitos alimentares específicos do povo Sueco e que os resultados não necessariamente refletem uma verdade para outros povos que tenham outros tipos de hábitos alimentares.
“Particularmente relevante neste contexto é o costume social de ‘fika’ — pausas regulares para café e doces que estão profundamente enraizadas na cultura sueca. Esses resultados podem não se traduzir diretamente para outras populações com diferentes culturas alimentares”, explicou a estudiosa.
A ligação entre o consumo de açúcar e a saúde cardiovascular é motivo de preocupação para os profissionais da área da saúde. Isso se deve ao fato do aumento do consumo de açúcar ter disparado ao longo das últimas décadas, especialmente desde a primeira guerra mundial.
O consumo excessivo de açúcar está relacionado ao ganho de peso, mas também a problemas de coração como o aumento da pressão arterial e um desnível nos triglicerídeos e colesterol. Também há quem diga que a ingestão excessiva do açúcar pode contribuir para os processos de inflamação corporal.
Por isso, o estudo conduzido por Suzanne Janzi chega como algo bastante controverso e como observado pela própria cientista, é necessário ter atenção quanto às particularidades alimentares de cada pessoa para determinar possíveis benefícios ou malefícios da ingestão de açúcar para a saúde.
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