Quatro em cada dez brasileiros têm colesterol alto, segundo o Ministério da Saúde. Ficar atento aos cuidados para evitá-lo é essencial.
Redação | 23 de Agosto de 2022 às 17:00
Quatro em cada dez brasileiros têm colesterol alto, segundo o Ministério da Saúde (MS). A chamada hipercolesterolemia, causada pelo colesterol alto, pode aumentar o risco de problemas cardiovasculares. Um dado assustador, isso significa que pode levar a infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Por isso, merece nossa atenção.
Felizmente, a adoção de hábitos saudáveis ajuda a combater esse mal. Assim, tudo começa com uma alimentação equilibrada, à base de cereais integrais, frutas e gorduras boas.
Quer saber como controlar o seu colesterol? Então continue a leitura. Também vamos explicar as diferenças entre HDL e LDL e sugerir boas opções para incluir no cardápio.
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Primeiro, vale destacar que o colesterol é importante para o nosso organismo. O composto orgânico, formado por lipídios e proteínas, está presente no sangue e nos tecidos do nosso corpo. Além das estruturas cerebrais, musculares e na pele, entre outros órgãos vitais. Portanto, é indispensável para o funcionamento das células.
O colesterol ajuda na formação de ácidos biliares, responsável por digerir as gorduras da alimentação, contribuir para a produção de hormônios e vitamina D.
Porém, vale ressaltar que existem dois tipos de colesterol: as Lipoproteínas de Baixa Densidade (LDL), popularmente conhecido como “colesterol ruim”, e as Lipoproteínas de Alta Densidade (HDL), chamado de “colesterol bom”.
As taxas de HDL, de uma pessoa adulta, devem ficar acima de40mg/dL, conforme afirma a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). E como se faz para conseguir isso? É recomendável praticar atividade física regularmente, manter uma alimentação equilibrada e fazer exames para verificar as taxas sanguíneas.
O LDL em níveis elevados se torna um grande causador de doenças cardiovasculares, com o entupimento das artérias. Já o HDL, limpa o colesterol presente na parede dos vasos sanguíneos e transporta a gordura até o fígado para ser eliminada do corpo.
Como citado anteriormente, o LDL é um dos componentes que constitui as placas que estreitam e endurecem as artérias, causando aterosclerose. Segundo o Ministério da Saúde, elas são formadas por uma gordura que reduz o fluxo de sangue de órgãos vitais, como o coração, cérebro e intestinos.
Quando essas placas crescem, formam uma parte rugosa na parede da artéria, causada por acúmulo de gordura, que é responsável pela formação de coágulos de sangue. Isso provoca graves problemas de saúde.
Você sabia que a maior parte do colesterol é produzido pelo próprio organismo? Por isso, alguns índices elevados podem ser justificados pela genética, mesmo que o paciente tenha uma dieta equilibrada. O uso de medicamentos também influencia na taxa do LDL, como no cacasdos corticosteróides.
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Mesmo assim, é importante manter hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física regular. Visto que o consumo de alimentos ricos em gordura saturada, excesso de peso, sedentarismo e abuso de bebidas alcoólicas são agravantes para o surgimento de doenças cardiovasculares.
O infarto do miocárdio e o AVC estão entre as consequências mais graves do colesterol alto e são a principal causa de morte em todo o mundo. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), elas atingem 17 milhões de vítimas por ano.
A obstrução, causada pelo acúmulo de gordura, ainda dificulta o transporte de oxigênio e nutrientes até os órgãos e, por isso, compromete suas funções. Em casos mais graves, pode entupir os vasos sanguíneos e causar a aterosclerose.
Essas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são causadas pela dislipidemia caracterizada pela anormalidade dos níveis de lipídeos e de lipoproteínas no sangue.
O nome pode parecer estranho, mas as consequências são comuns no nosso dia a dia, como mostram os dados a seguir. Estima-se que, aproximadamente, 20 milhões de brasileiros sofram com o problema.
As DCNT causam mortes prematuras, perda da qualidade de vida e impactam a economia e a sociedade. A pressão alta é um dos exemplos que atinge muitas pessoas. Além disso, a OMS caracteriza o problema como um dos seis principais fatores que causam doenças cardiovasculares. Preocupante, não acha?
Agora que sabemos as consequências do colesterol LDL alto, vamos dar algumas dicas para evitar problemas mais graves. Acompanhe!
A SBC definiu a quantidade saudável de LDL presente em nosso corpo. Os números variam de acordo com o risco cardíaco de cada paciente, como a propensão a doenças crônicas. Vejas os números abaixo:
Vale destacar que as placas de gordura levam anos para se desenvolver ao ponto de causar um infarto ou AVC. Por isso, elas são consequência das escolhas feitas ao longo da vida.
Você sabia que existe um outro tipo de colesterol? Estamos falando do VLDL, sigla em inglês para Lipoproteínas de Densidade Muito Baixa.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) explica que o colesterol é formado quando o fígado libera triglicérides, na forma de VLDL, dentro da corrente sanguínea, junto ao LDL e proteínas.
As células utilizam a gordura para obter energia e as sobras são as moléculas de LDL. Deste modo, o VLDL também é considerado um mau colesterol, já que o excesso pode causar problemas cardiovasculares.
Confira mais algumas dicas, agora de alimentação!
Como nossas escolhas alimentares diárias influenciam no nível de colesterol presente em nosso organismo, o MS desenvolveu o guia de Alimentação Cardioprotetora que lista os melhores grupos alimentares que podem ser consumidos. Estão presentes na lista verduras, frutas, leite desnatado e leguminosas, como feijão, ervilha e lentilha.
Já os pães, massas e cereais devem ser ingeridos com moderação. As carnes, ovos e manteiga também devem ter o consumo reduzido.
Além de evitar o acúmulo de LDL, alguns alimentos têm propriedades benéficas para a saúde cardiovascular. Citar como exemplo as gorduras monossaturadas, popularmente conhecidas como “gordura boa”, que contribuem para a elevação do HDL no organismo.
Confira os principais itens da lista:
Vale ressaltar que as necessidades nutricionais de cada pessoa podem variar. Por isso, é aconselhável procurar um nutricionista quando for montar o cardápio. Ele poderá auxiliar na escolha das melhores opções de acordo com o seu perfil e histórico familiar.