Confira o que você não deve fazer se deseja viver até os 100 anos.
Luana Viard | 28 de Março de 2024 às 16:00
Viver uma vida longa e saudável é um objetivo para muitas pessoas, e há uma série de hábitos e comportamentos que podem influenciar significativamente nossa longevidade. Hábitos diários e estilo de vida podem ser cruciais para que você viva até os 100 anos.
Elodia Ávila, médica especialista em rejuvenescimento, divulgou para a revista casa e jardim hábitos que você precisa evitar para conseguir viver com qualidade até os 100 anos. Confira abaixo nove coisas que você deve evitar se quiser viver melhor e por mais tempo.
A médica Elodia Ávila é idealizadora do podcast o segredo da Longevidade. Para saber se tem chances de viver até os 100 anos, você deve responder às perguntas abaixo:
1. Você bebe ou fuma?
2. Você passa mais de 9h por dia sentado?
3. Você tem dificuldade em dormir ou dorme menos de 7h por noite?
4. Você dedica mais tempo ao trabalho que ao lazer?
5. Você lida frequentemente com altos níveis de estresse no seu dia a dia?
6. Você deixa de fazer check-ups médicos anualmente?
7. Você consome muitos alimentos industrializados?
8. Existe alguma doença que diversos parentes de sua família já tiveram?
9. Você não tem um bom motivo para acordar todos os dias?
Caso você tenha respondido sim para a maioria das perguntas, a médica orienta orienta ter mais cuidado com o seu estilo de vida. "Priorize a si, opte por alimentos mais naturais, durma pelo menos 8h por noite, reserve um tempo para lazer, trate vícios, cuide de sua saúde mental e realize exames preventivos com mais frequência", diz.
Caso a maioria das suas perguntas para essas questões sejam não, isso aponta que você está seguindo um bom caminho para uma longevidade saudável, mas que ajustes pontuais em suas escolhas diárias podem oferecer melhores resultados no futuro.
Para além de questões genéticas, que muitas vezes estão fora do nosso controle, o estilo de vida pode ser um fator determinante para quanto tempo de vida você terá. Além de influenciar uma vida de qualidade, independência, vitalidade, sem dor ou limitações, segundo Priscila Yumi Abiko, geriatra do Hospital Edmundo Vasconcelos.
"O benefício da prática de atividade física regular, alimentação equilibrada e redução do estresse pode, em poucas semanas, reduzir os níveis glicêmicos, colesterol e a pressão arterial. Também em poucas semanas, identificamos aumento de equilíbrio e resistência com redução de quedas e fraturas com a prática dos exercícios", comenta.
A médica reforça que nunca é tarde para começar a adotar os bons hábitos, que podem prevenir ou adiar o aparecimento de doenças como hipertensão, obesidade, diabetes, dislipidemia (gordura no sangue), infarto, AVC, demências, osteoporose, sarcopenia (perda de massa muscular) e câncer, principalmente aqueles relacionados ao tabagismo, como de pulmão, esôfago, laringe, bexiga, colo de útero e intestino.
"Ter uma longevidade saudável é o resultado da soma de bons hábitos diários ao longo do tempo, mas isso não significa que pessoas idosas tenham deixado a oportunidade passar. Estudos demonstram que mesmo em idades mais avançadas é possível colher ótimos benefícios de uma rotina de hábitos saudáveis", explica Elodia.
Confira um conjunto de hábitos que podem aumentar a qualidade e o tempo de vida.
A atividade física é um dos primeiros passos recomendados pelos médicos para menter boa saúde e longevidade. “Ela é um fator importante para um envelhecimento saudável, por isso, pratique exercícios regularmente, combinando atividades aeróbicas, como caminhada ou corrida, com exercícios de resistência. Isso ajuda a manter a saúde cardiovascular, fortalecer os músculos e contribuir para a saúde mental”, fala Elodia.
O recomendado é manter, pelo menos, 150 minutos de exercícios físicos programado por semana. Exercícios de baixo impacto como o passeio com o cachorro ou a caminhada no shopping não contam! "A melhor atividade é aquela que você pode fazer, considerando seu estado físico e recurso financeiro. Comece com poucos minutos por dia e aumente progressivamente, até a meta mínima semanal", ensina Lígia.
Você pode intercalar as formas de exercitar o seu corpo! Os aeróbicos, como caminhada vigorosa, corrida, bicicleta e dança, fortalecem o coração e a circulação sanguínea, melhoram a capacidade pulmonar, reduzem a obesidade e o estresse, aumentam o bem-estar e diminuem a inflamação crônica, que é prejudicial à saúde.
Já os anaeróbicos, como musculação e pilates, geram aumento da força muscular, equilíbrio para evitar quedas, fortalecimento ósseo para combater a osteoporose e redução da obesidade. Não deixe de buscar orientações de profissionais de educação física para realizar os exercícios da forma e intesidade certa.
Além dos exercícios físicos, uma alimentação mais natural é importante para proporcionar vida longa e com saúde. "Mantenha uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis", destaca Elodia.
Evite industrializados, ricos em conservantes e aditivos, muitos deles inclusive são cancerígenos. O excesso de carboidratos, os alimentos gordurosos e os com muito açúcar é perigoso para a saúde. "Não se esqueça que pão, macarrão e bolacha se transformam em açúcar dentro do organismo, por mais que sejam salgados", alerta Lígia.
Tratar doenças como diabetes, obesidade, hipertensão, dislipidemia e tabagismo também tem papel crucial na longevidade. "Faça consultas periódicas com o seu médico. O tratamento de doenças e o diagnóstico precoce podem te proporcionar não apenas uma vida mais longa, mas também com qualidade, independência e sem limitações", aponta a geriatra.
Segundo Lígia, atentar-se às doenças psiquiátricas, como ansiedade e depressão, é de fundamental importância para uma vida longa. "Estudos comprovam que pessoas com depressão possuem uma expectativa de vida de 10 a 15 anos menor que a população em geral. Isso se deve à liberação de hormônios do estresse, aumento de fatores inflamatórios, isso sem falar da associação de doenças psiquiátricas com suicídio e abuso de substâncias", destaca.
O estresse está cada vez mais presente no dia a dia das populações modernas, principalmente nos ambientes de trabalho. Para ter mais qualidade de vida, é importante gerenciá-lo através de técnicas como meditação, ioga e práticas de relaxamento.
"O estresse excessivo gera danos oxidativos, que agridem o organismo, além de causar doenças psiquiátricas", fala Lígia.
Ser mentalmente ativo, com uma vida cheia de estímulos cognitivos, experiências e contato com outras pessoas, traz bem-estar geral e é uma das formas de prevenir quadros demenciais.
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