Nossos cinco sentidos já foram conhecidos como "janelas da alma" e são considerados bens preciosos. Poucos infortúnios despertaram mais a compaixão que a
Julia Monsores | 6 de Agosto de 2019 às 11:00
Nossos cinco sentidos já foram conhecidos como “janelas da alma” e são considerados bens preciosos. Poucos infortúnios despertaram mais a compaixão que a perda da visão ou da audição.
Mas quantos sentidos existem realmente? O filósofo grego Aristóteles contou cinco. Visão, audição, olfato, paladar e tato. O que desde então foi consagrado pela sabedoria popular. Contudo, os pesquisadores que estudaram o funcionamento do sistema nervoso humano revelaram toda uma fama de outros sentidos para acrescentar à lista.
Todos os sentidos dependem de “receptores”, ou seja, terminais nervosos que enviam mensagens eletroquímicas para o cérebro. Cada receptor reage a um estímulo particular do mundo exterior – os receptores dos olhos respondem à luz, e os do nariz, a odores.
Há receptores espalhados por todo o corpo, na pele, nas articulações e até no aparelho digestivo, que reagem a uma grande variedade de estímulos específicos. Uns respondem ao calor e outros ao frio, outros registram a dor ou respondem à tensão. Cada um pode ser considerado, com toda propriedade, um “sentido” diferente. Alguns pesquisadores também acreditam que há sentidos distintos da fome e da sede.
Diz-se que existe um sentido do equilíbrio, o que é perfeitamente admissível. Esse sentido está situado nos ouvidos e possivelmente corresponde à função mais importante desses órgãos. No interior do pavilhão auditivo há um sistema de minúsculas câmaras e canais que contêm líquido e possuem finos pelos sensoriais. Quando a cabeça se move, esses pelo são estimulados e enviam mensagens para o cérebro, comunicando-lhe em que posição estamos. É esse mecanismo que comanda o nosso sentido de equilíbrio.
Pode ser que haja mais sentidos ainda não registrados pelo estágio atual da ciência. Os parapsicólogos referem-se à percepção extra-sensorial como um sentido. São pessoas que afirmam ser videntes, o que significa, por exemplo, que conseguem “ver” objetos dentro de um pacote fechado.
Outros dizem ter o poder da premonição, a aptidão de ver acontecimentos do futuro. Apesar de muita especulação, ninguém ainda descobriu quaisquer receptores no corpo humano que possam corresponder a esses sentidos extra-sensoriais.
Uma coisa é certa. Mesmo que os parapsicólogos tenham razão, já não podemos chamar essas formas de percepção sobrenaturais de “sexto sentido”, como no passado.