'Canetas emagrecedoras': saiba o que a Anvisa proibiu e o que está permitido

Entenda o que motivou a Anvisa a vetar a importação de insumos para a fabricação desses medicamentos.

Thyago Soares | 28 de Agosto de 2025 às 14:00

Esses medicamentos ganharam grande popularidade nos últimos anos. - Reprodução / Freepik

Os remédios para emagrecer se tornaram verdadeira febre e a “caneta emagrecedora” recentemente virou destaque nas discussões sobre regulação sanitária. Essa categoria de remédios, que inclui nomes famosos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, teve sua manipulação farmacêutica proibida pela Anvisa na última semana e nós vamos te ajudar a entender o que está por trás dessa decisão.

Por que as "canetas emagrecedoras" chamam atenção da Anvisa?

A Anvisa vetou temporariamente a importação e manipulação das canetas emagrecedoras a fim de prevenir riscos sanitários graves com o uso das famosas canetas emagrecedoras, especialmente em uso não fiscalizado ou personalizado em farmácias de manipulação.

A manipulação de insumos que fazem parte da formulação ativa dos medicamentos Ozempic, Wegovy e Rybelsus, está expressamente vetada. Parte dos ingredientes importados que compõem a formulação desses remédios se vale do uso de ingredientes que simulam o hormônio intestinal GLP-1, e para tal, usa bactérias geneticamente modificadas, se enquadrando na categoria de itens biotecnológicos. 

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A Anvisa argumenta que esse insumo biotecnológico só pode ser utilizado se importado pelo próprio fabricante já registrado no Brasil, devido à complexidade de sua produção. Importar ou manipular de outra forma não garante qualidade, segurança ou eficácia.

Além disso, a manipulação da tirzepatida, principal ativo do Mounjaro, ainda é permitida, porém a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) alerta que os riscos são igualmente preocupantes. Logo, a expectativa agora é pela expansão da proibição a essa substância também.

O que dizem os fabricantes desses remédios?

Em comunicado oficial, a Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, destaca a prudência do órgão e classifica a atitude como um benefício para a saúde pública dos usuários brasileiros desse tipo de medicamento.

"Medicamentos irregulares não oferecem garantia de pureza, dosagem correta, estabilidade ou esterilidade, podendo resultar em ineficácia do tratamento, reações adversas graves e contaminação, colocando a saúde e segurança do paciente em risco. [...] Além disso, os preços praticados para esses medicamentos no mercado formal não apresentam diferenças significativas em relação aos valores cobrados por versões manipuladas, oferecendo ao paciente a opção segura e registrada sem custo adicional relevante", escreveram em comunicado.

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