Câncer de pulmão: tratamento inovador promete reduzir risco de morte

Novo remédio traz esperança para quem enfrenta a forma mais grave de câncer de pulmão.

Thyago Soares | 13 de Dezembro de 2024 às 13:10

Esse remédio dá esperanças de uma maior longevidade para pessoas com câncer de pulmão. - iStock

Foi aprovado pela ANVISA um novo tratamento que promete auxiliar a reduzir o risco de óbito por câncer de pulmão em até 27%. A medicação já é utilizada para tratar outros tipos de câncer e agora, ele está aprovado para combater o tipo mais agressivo de câncer de pulmão.

A medicação em questão se chama durvalumabe e a indicação é de que ela seja utilizada por pacientes cujo diagnóstico de câncer se pulmão tenha a característica de pequenas células em estágio limitado. Isso significa que o câncer não deve ter se espalhado por outras áreas do corpo, ficando limitado apenas ao pulmão.

Segundo a CNN, pacientes com esse tipo de câncer não viam inovações em tratamentos localizados há 20 anos e o câncer de pulmão de pequenas células é tido como um dos mais agressivos, tendo como característica uma rápida evolução. A estimativa é de que após o diagnóstico e 5 anos de tratamento, apenas 15 e 30% dos pacientes consigam sobreviver.

“Esse é um tipo de tumor muito associado a pacientes que fumaram por bastante tempo e que têm uma idade avançada”, esclareceu à CNN o médico Guilherme Harada, coordenador da Pesquisa Clínica em Oncologia do Hospital Sírio-Libanês.

“Por muitos anos, não houve muito avanço [no tratamento] nesse tipo de câncer limitado, pois ele tem a característica de ser um tumor mais agressivo que responde pior às terapias que já temos. Então, por muito tempo não conseguimos avançar até a recente aprovação do durvalumabe neste cenário”, pontuou o especialista.

A aprovação da utilização do durvalumabe teve como base um estudo que avaliou a eficácia e segurança da utilização do medicamento em mais de 700 pacientes. No ensaio científico, as cobaias foram submetidas à doses da medicação por cerca de quatro meses. Os resultados foram promissores e apontaram que 57% dos pacientes oncológicos tratados com a medicação não vieram a óbito após mais de três anos tratando o câncer.

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