Apesar de ser mais comum em mulheres na faixa dos 60 anos, o câncer de ovário pode afetar mulheres de todas as idades. Aprenda mais sobre essa doença.
Thaís Garcez | 26 de Junho de 2020 às 17:00
O câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado. Infelizmente, a taxa de sobrevida a longo prazo é baixa: cerca de 30%. Isso ocorre porque, em razão da posição profunda dos ovários no corpo, os tumores podem crescer por algum tempo até que sejam notados.
Mesmo quando os cânceres de ovários provocam aumento do volume abdominal ou desconforto, esses sintomas costumam ser atribuídos a outras causas. Quando a detecção é precoce, as chances de sobrevida aumentam bastante, mas ainda não existe teste de rastreamento eficaz para o câncer de ovário.
Em alguns casos, o câncer de ovário desenvolve-se a partir de um cisto benigno. Os fatores de risco são início precoce da menstruação, menopausa tardia e ausência de filhos. Contudo o uso do anticoncepcional combinado, o fato de ter filhos e a amamentação reduzem o risco. Em alguns casos há um histórico familiar de câncer de ovário decorrente de defeito genético.
Muitas vezes os sintomas só surgem quando a doença está disseminada. Nesse caso, incluem aumento do volume abdominal e, com menor frequência, hemorragia vaginal ou dor abdominal. Além disso, o câncer de ovário pode se disseminar para estruturas adjacentes no abdome. Mais tarde, pode haver disseminação para outras partes do corpo, como os pulmões.
Os tumores do ovário produzem uma substância chamada CA125, que pode ser dosada pelo exame de sangue. Já a ultrassonografia pode ser usada no diagnóstico e para pesquisar indícios de disseminação. Há outros exames para pesquisa de metástases, como provas de função hepática e radiografia de tórax.
O tratamento mais adequado depende do tipo do câncer, seu tamanho, sua localização e seu grau de disseminação. Portanto, no caso de um tumor maligno, é realizada cirurgia; em geral, são removidos o útero, os ovários e as tubas uterinas. Caso haja tecido tumoral em outra parte do abdome, provavelmente será removida a máxima quantidade possível deste. A cirurgia pode ser seguida por quimioterapia e, às vezes, radioterapia. Também é administrado tratamento para aliviar eventuais sintomas.