O câncer colorretal é o segundo tumor maligno mais comum entre homens e mulheres.
O câncer colorretal, doença que afeta o intestino grosso, é comumente associado em pacientes com mais de 50 anos de idade. Porém, novos dados apontam que casos do também chamado de câncer intestinal crescem cada vez mais entre a população mais jovem. De acordo com estudo norte-americano publicado no American Cancer Society, um em cada cinco casos diagnosticados atualmente ocorre em pessoas com menos de 55 anos, em comparação com um em cada 10 casos em 1995.
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Os motivos do aumento seguem incertos para os cientistas, mas suposições sobre hábitos alimentares e genética podem considerar alguns fatores de risco. O estudo identificou alguns possíveis fatores de risco, como:
- Obesidade e outras condições relacionadas à síndrome metabólica;
- Comportamento sedentário;
- Hipertensão, diabetes tipo 2, hiperglicemia e outras condições metabólicas;
- Dietas com alto consumo de bebidas açucaradas, carne vermelha e alimentos processados;
- Histórico de câncer colorretal na família (fator genético);
- Aumento do uso de antibióticos.
Apesar dos potenciais fatores de risco, nenhum foi apontado como conclusivo. Segundo Andrew Chan, professor de medicina na Universidade de Harvard, há incertezas sobre os motivos de incidência do câncer colorretal na população mais jovem.
"Dieta, obesidade e inatividade física podem estar impulsionando parte desse aumento, mas isso não é a história completa. Existem outros contribuintes que ainda precisam ser descobertos, e acho que são nesses fatores que realmente precisamos focar nossa atenção, porque serão coisas que podem potencialmente ter um impacto maior na redução da incidência", disse Chan ao National Geographic.
O câncer colorretal atinge a parte final do intestino grosso e a abertura para o início do reto.
Casos de câncer colorretal no Brasil
Atualmente, o aumento de casos da doença no Brasil é constante. Assim, os números norte-americanos também podem indicar maior incidência do câncer colorretal para a população jovem brasileira.
A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de que o número anual de novos casos da doença para o país seja cerca de 45 mil entre os anos de 2023 e 2025. Isso corresponde a um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes.
O câncer colorretal é considerado o segundo tumor maligno mais comum entre homens e mulheres. De acorco com levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença mata cerca de 900 mil pessoas por ano, atrás apenas do câncer de pulmão.
Sintomas do câncer de cólon e reto
Nos estágios iniciais, o câqncer colorretal pode ser silencioso, não apresentando nenhum tipo de sintoma. Em casos sintomáticos, os sintomas variam de intensidade para cada paciente e incluem, geralmente:
- Diarreia ou constipação;
- Inchaço abdominal;
- Presença de massa no abdômen;
- Cólicas abdominais;
- Dor ou desconforto abdominal;
- Sangue nas fezes;
- Anemia;
- Fadiga;
- Perda de peso.
Existe tratamento para o câncer colorretal?
O tratamento do câncer no intestino depende de alguns fatores, como tamanho da lesão e áreas do organismo abrangidas pela doença (se o tumor se espalhou ou não).
Com o diagnóstico completo, o médico prossegue para alguns procedimentos de radioterapia, retirada de pólipo (células anormal) e quimioterapia.
Em alguns casos, procedimentos cirúrgicos podem ser requisitados. São eles:
- Colostomia: abertura abdominal para eliminação das fezes;
- Colectomia: retirada total ou parcial do cólon;
- Ressecção intestinal: remoção parcial do intestino;
- Ileostomia: conecta cirurgicamente o intestino delgado a uma abertura no abdômen por onde as fezes são expelidas.
Atenção: Esta matéria tem caráter informativo e não substitui a consulta médica especializada. Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico.