Conheça a campanha Janeiro Verde, que tem como intuito promover a conscientização acerca da prevenção do câncer de colo de útero.
Julia Monsores | 13 de Janeiro de 2021 às 13:34
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada triênio são identificados cerca de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero no Brasil. Dada a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, todo o ano, neste mês, temos a campanha Janeiro Verde.
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Essa campanha, assim como a do Janeiro Branco, que tem como intuito promover uma maior conscientização acerca da saúde mental da população, também está presente no calendário oficial da Saúde.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), Ricardo Antunes, o câncer de colo de útero pode ser prevenido facilmente. No entanto, para isso, ações de conscientização são fundamentais.
“Esse alto índice de tumores do colo do útero está diretamente relacionado às condições socioeconômicas da população. E à falta de campanhas efetivas de prevenção e detecção precoce da doença”, disse em entrevista ao portal do SBC.
Confira agora as causas, principais sintomas, estratégias de prevenção e de tratamento.
O câncer de colo de útero, também chamado de câncer cervical, tem como causa o papilomavírus humano (HPV). Trata-se de um dos poucos tipos de câncer que podem ser evitados com a ida regular ao ginecologista para realizar o exame preventivo (Papanicolau).
No exame, o médico recolhe algumas células do colo do útero. Em seguida, são feitas análises no microscópio, que podem ou não revelar as primeiras mudanças celulares indicadores do câncer.
O exame pode ser feito gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e também tem cobertura por parte dos planos de saúde.
Alguns fatores de risco influenciam a maior incidência do câncer de colo de útero. De acordo com o médico Ricardo Antunes, são eles:
No estágio inicial da doença, não há sintomas. No entanto, em estágios mais avançados, pode haver dor pélvica, sangramento vaginal anormal (fora da menstruação) e corrimentos.
A prevenção primária do câncer de colo de útero é feita com o uso de camisinha nas relações sexuais, o que impede a contaminação de diversas doenças sexualmente transmissíveis — como o HPV.
No entanto, a prevenção mais efetiva é a vacinação contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, eficaz na proteção contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV.
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Apesar das campanhas de vacinação ofertadas todos os anos, essas vacinas ainda têm baixa adesão por parte da população, alerta a SBC.
Além disso, é importante ressaltar que mesmo as mulheres que já foram vacinadas devem realizar, periodicamente, a partir dos 25 anos, o exame de papanicolau. E isso porque a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV.
O tipo de tratamento para o câncer de colo de útero dependerá do estágio da doença, a idade do paciente e o tamanho do tumor. Entre os mais comuns estão a cirurgia e a radioterapia. Cada caso precisa ser analisado individualmente com o seu médico.
Atenção
Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico ou farmacêutico