O risco de depressão aumenta na adolescência, com uma incidência cumulativa de 15% a 20% de transtorno depressivo maior. É mais provável que a depressão
Douglas Ferreira | 8 de Abril de 2020 às 21:00
O risco de depressão aumenta na adolescência, com uma incidência cumulativa de 15% a 20% de transtorno depressivo maior. É mais provável que a depressão ocorra nas adolescentes do que nos adolescentes (essa diferença persiste até a vida adulta e ao longo dela).
O que ocasionalmente confunde o diagnóstico é que na adolescência ocorre irritabilidade em vez de depressão franca. Adolescentes deprimidos se mostram pessimistas, beligerantes, têm crises de mau humor ou procuram motivos para brigar.
A isso se soma a vitimização pelos colegas (o conhecido bullying) por causa do preconceito da obesidade.
O bullying é uma forma de agressão, que pode ser relacional (por exemplo, boatos e mentiras sobre a pessoa), verbal (como xingamentos e apelidos) e até física (empurrões, chutes).
Um estudo apresentado na revista Pediatrics de 2004 constatou que as crianças em idade escolar com sobrepeso e obesidade tendem a ser vítimas de bullying, não apenas pelos colegas, mas também pelos professores de ginástica e por professores de outras matérias.
Atualmente as vítimas são perseguidas até em casa por meio da internet.
Em um estudo realizado pelo C. S. Mott Children’s Hospital da Universidade de Michigan, 34% das crianças foram vítimas de bullying.
O bullying leva à depressão e, muitas vezes, ao uso de substâncias psicoativas, sejam eles prescristos ou drogas ilícitas.
Segundo um estudo da Universidade da Virgínia, o bullying aumenta as taxas de abandono no ensino médio, independentemente de fatores como nível socioeconômico e desempenho acadêmico.
Outro dado assustador é o número de tentativas de suicídio. De acordo com os CDC americanos (Centers for Disease Control and Prevention),o bullying é a terceira causa de morte de 10 a 24 anos (cerca de 4.400 vidas perdidas a cada ano).