Utilizado há milhares de anos, os benefícios do mel já eram conhecidos por curandeiros tradicionais no trato de diversos males gastrointestinais e na cura
Julia Monsores | 21 de Maio de 2020 às 19:00
Utilizado há milhares de anos, os benefícios do mel já eram conhecidos por curandeiros tradicionais no trato de diversos males gastrointestinais e na cura de feridas na pele.
Agora há boas evidências de que eles estavam certos e de que, além de seu uso na culinária, o mel também é rico em propriedades medicinais. Confira!
O mel não é uma grande fonte nutricional. Na verdade, contém pequenas quantidades de vitaminas do complexo B, aminoácidos e minerais, mas não é realmente mais nutritivo do que o açúcar puro. Ele recebe a atenção dos médicos por outros motivos.
Sua consistência de xarope o torna um remédio natural para aliviar a dor de garganta, principalmente quando é adicionado à limonada quente ou a um chá calmante, como o de camomila. Mas o mel faz muito mais.
Médicos descobriram que o mel também é uma fonte de energia de ação rápida: os atletas têm melhor desempenho quando tomam um pouco de mel.
Além disso, o mel também mata bactérias e ajuda a cicatrizar mais rapidamente cortes e feridas. E isso porque ele contém peróxido de hidrogênio e própolis. Por isso, mesmo hoje, quando os armários de remédios guardam cremes antibióticos, alguns médicos acreditam que em certos casos o mel pode ter desempenho melhor no tratamento de feridas. Já existem no mercado curativos impregnados com mel para tratamento de feridas de difícil cicatrização.
O mel pode reduzir os sintomas de úlcera e acelerar a cicatrização. Também parece reduzir inflamações, estimular o fluxo sanguíneo e promover o crescimento de células epiteliais, que revestem o interior do estômago e do intestino. Provou-se inclusive que o mel mata o H. pylori, a bactéria responsável pela maioria das úlceras.
A alta concentração de frutose do mel torna-o ideal para o tratamento da constipação ocasional. E isso porque a frutose não digerida serve como alimento para bactérias intestinais normais. E assim, a consequente fermentação atrai água para o intestino grosso e tem efeito laxante.
As abelhas ingerem um pouco de néctar quando visitam as flores, mas levam a maior parte para a colmeia e estocam nos favos hexagonais de cera para alimentar suas larvas.
Assim, o néctar líquido transforma-se em mel conforme a umidade evapora. O produto final contém principalmente açúcares — frutose e dextrose — e pequena quantidade de pólen, cera, proteínas, vitaminas e minerais.
Os tipos de mel mais saborosos provêm do trigo-sarraceno, flores de frutas cítricas, como a laranjeira, e flores de framboesa