Um estudo realizado no Reino Unido constatou que o consumo de café pode reduzir os riscos de doenças hepáticas e câncer no fígado. O estudo, coordenado
Thaynara Firmiano | 24 de Junho de 2021 às 19:02
Um estudo realizado no Reino Unido constatou que o consumo de café pode reduzir os riscos de doenças hepáticas e câncer no fígado. O estudo, coordenado pela Universidade de Southampton e publicado no periódico BMC Public Health, constatou que o consumo de café, de qualquer tipo, é realmente eficiente na diminuição de riscos de doenças hepáticas.
Foram realizados testes em quase 500 mil voluntários, com idade entre 40 e 69 anos. Destes, 78% afirmaram consumir café.
Durante o período de 11 anos foi realizado um acompanhamento da saúde hepática de cada participante. Nesse tempo, foram detectados 3,6 mil casos de doenças hepáticas; destes, 301 resultaram em morte, e 1,8 mil resultaram em gordura no fígado.
Todos os participantes foram questionados sobre a quantidade de café que consumiam por dia. Além disso, o tipo de café também foi avaliado: descafeinado, instantâneo, moído ou outros. Outro ponto foi o consumo de bebida alcoólica por parte dos voluntários, avaliando seu consumo semanal e mensal.
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Foi constatado, então que, a partir de fatores como consumo de bebida alcoólica e IMC, as pessoas que consumiam café, de qualquer tipo, possuem 20% menos chances de desenvolver doença hepática, ou gordura no fígado.
As reduções dos riscos foram aumentadas proporcionalmente conforme o maior consumo de café, variando entre 3 e 4 xícaras diárias. Os resultados também mostraram 49% menos chances de morrer em decorrência de doenças hepáticas.
“Este estudo é o primeiro, até onde sabemos, a investigar diretamente o potencial de diferentes tipos de café como uma intervenção para prevenir o início ou a progressão da doença hepática crônica (DHC). Existem poucos relatos na literatura sobre tipos específicos de café. Um pequeno estudo na França descobriu que o café moído, filtrado, mas não o expresso, estava associado a um risco reduzido de fibrose em mulheres obesas com NAFLD ( doença esteatótica não alcoólica do fígado)”, diz a pesquisa.
Fonte: BMC Public Health