Diante dos níveis de umidade cada vez mais reduzidos, a dermatologista orienta sobre como garantir uma hidratação eficaz e bem-estar
Luana Viard | 11 de Setembro de 2024 às 12:40
Em Goiás, os níveis de umidade continuam a cair, chegando a cerca de 20%, o que exige maior atenção aos cuidados com a pele, especialmente das crianças. A dermatologista pediátrica Bárbara Alvim, destaca os efeitos do clima seco na pele infantil e oferece recomendações importantes para evitar problemas dermatológicos típicos deste período.
A especialista ressalta que, com a seca na região já ultrapassando 100 dias e sem previsão definida para a volta das chuvas, a hidratação natural da pele encontra dificuldades para atuar adequadamente. "A superfície de troca da pele com o ar fica prejudicada, o que compromete sua hidratação", esclarece. "A pele da criança sofre ainda mais com esse processo por ser mais imatura, exigindo cuidados redobrados tanto com a aplicação de cremes hidratantes quanto com a ingestão de água", reforça.
A dermatologista enfatiza que o ressecamento da pele pode provocar coceira severa, fissuras e, em situações mais graves, aumentar o risco de a criança desenvolver infecções secundárias por bactérias e vírus.
"Nesse período, a primeira medida de defesa é aumentar a hidratação da pele, tanto por dentro quanto por fora. Para isso, devemos usar cremes hidratantes e aumentar a ingestão de água. Vale lembrar que a aplicação de creme hidratante deve acontecer duas vezes ao dia, principalmente após o banho", recomenda.
Embora o clima seco prejudique a pele de todas as faixas etárias, as crianças são particularmente mais suscetíveis. A pele infantil, sendo mais delicada e fina, tende a perder hidratação com maior rapidez em comparação à pele adulta. Além disso, a barreira cutânea das crianças ainda está em desenvolvimento, o que as torna mais propensas a irritações e infecções.
Como ressalta Bárbara, além de manter os cuidados diários, é essencial que pais e responsáveis fiquem atentos para buscar acompanhamento médico no momento adequado. "A partir do momento que essa pele começa a ficar mais aberta e começa a apresentar infecções, seja por vírus ou por bactérias, é importante procurar ajuda do dermatologista ", indica a especialista.
No entanto, a especialista também ressalta que, em algumas situações, pode ser necessário buscar ajuda médica antes mesmo que os primeiros sintomas apareçam. “Pode ser necessário buscar acompanhamento até mesmo antes, quando percebermos que a criança tem uma pele muito atópica, muito alérgica. Nesses casos, é importante já procurar o dermatologista para saber se a hidratação de rotina que já está sendo feita é adequada ou se é preciso melhorar a quantidade”, pontua.
Além de buscar produtos específicos, a dermatologista enfatiza a importância de transformar esses cuidados essenciais em hábitos diários, assim como garantir a ingestão suficiente de água. Ela também orienta evitar banhos muito quentes e o uso excessivo de sabonete na pele das crianças, já que isso pode aumentar o ressecamento. Com a intensificação do clima seco em Goiás, é fundamental redobrar os cuidados com a pele infantil.
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