Você conhece a gravidade do botulismo? Entenda mais sobre os casos na Bahia.
Esther Ramos | 25 de Setembro de 2024 às 13:33
O estado da Bahia registrou, até o momento, seis casos de botulismo em 2024, uma doença grave provocada pela ingestão de alimentos contaminados. De acordo com a Secretaria de Saúde, duas pessoas não resistiram à enfermidade, sendo que cinco dos casos foram confirmados e um segue em investigação.
Uma investigação epidemiológica revelou que quatro dos cinco pacientes diagnosticados consumiram mortadela de frango um dia antes do aparecimento dos sintomas. Os casos confirmados foram reportados nas cidades de Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Salvador e Cícero Dantas, levantando preocupações sobre a segurança alimentar na região.
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O botulismo é uma doença rara, mas grave e potencialmente fatal, causada pela bactéria Clostridium botulinum. Esta bactéria produz esporos que liberam a toxina botulínica, a mais letal conhecida, que afeta o sistema nervoso, provocando paralisia muscular e, em casos extremos, insuficiência respiratória e morte. Considerado um agente biológico, o botulismo também é visto como uma ameaça de bioterrorismo.
A bactéria é encontrada no solo e em ambientes aquáticos, sendo resistente a temperaturas superiores a 100ºC. O tipo mais comum de botulismo é o alimentar, resultante da ingestão de alimentos contaminados, principalmente conservas caseiras e produtos defumados.
Os sintomas surgem entre 18 a 36 horas após a ingestão de alimentos contaminados, começando com sinais gastrointestinais como náuseas e dor abdominal. Em seguida, os pacientes apresentam sintomas neurológicos, como dificuldade para engolir e falar, visão dupla e paralisia progressiva, que pode levar à insuficiência respiratória. No botulismo infantil, os bebês mostram-se moles, com reflexos de sucção e deglutição fracos.
O tratamento eficaz para o botulismo é a administração de soro antitóxico, que pode reverter o quadro clínico. Devido à gravidade da doença, os pacientes geralmente requerem internação em unidades de terapia intensiva, frequentemente necessitando de suporte ventilatório.
A prevenção do botulismo envolve a preparação e conservação adequadas dos alimentos. Para evitar o botulismo infantil, é importante não oferecer mel a crianças com menos de dois anos, apesar de algumas crenças sobre seus benefícios.
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