Entenda o que é o acidente vascular cerebral (AVC) e conheça formas de prevenir através da alimentação e hábitos diários.
Amanda Santos | 8 de Julho de 2020 às 20:00
O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido também como derrame cerebral, é um dos maiores inimigos para a saúde dos brasileiros. A doença já acometeu personalidades o cartunista Ziraldo. No Brasil, ele é o responsável por 10% dos diagnósticos em hospitais públicos. No entanto, muitas pessoas ainda tem dúvidas sobre o que é, o que causa e como prevenir o AVC. Se você faz parte desse grupo, esse guia pode solucionar algumas das suas dúvidas.
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Um derrame cerebral ocorre quando um coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo para uma região do cérebro. A maioria desses coágulos se forma em artérias já previamente estreitadas por aterosclerose, seja no próprio cérebro, ou mais comumente na artéria carótida, situada no pescoço.
Os sinais de alerta de acidente vascular cerebral incluem fraqueza ou dormência súbitas no rosto, no braço e na perna em um dos lados do corpo. Além disso, pode haver dificuldade de fala e de compreensão do que os outros dizem, dificuldades de enxergar e tontura.
Pessoas que estão passando por um AVC também correm risco de sofrer quedas repentinas, já que o equilíbrio torna-se instável. Por isso, é fundamental buscar tratamento imediato.
A aterosclerose é uma condição causada pelo excesso de gordura nas paredes das artérias, o que restringe o fluxo sanguíneo e aumenta os riscos de derrame
Existem dois tipos de derrame cerebral: o hemorrágico e o isquêmico. Ambos oferecem riscos à vítima e devem ser tratados imediatamente por um médico. Conheça as diferenças:
Algumas atitudes diárias podem ser tomadas para prevenir o derrame cerebral. Em primeiro lugar, verifique sua pressão regularmente. A falha em detectar e controlar a hipertensão arterial é a principal causa evitável de ocorrência do AVC.
Além disso, praticar exercícios é uma ótima forma de tratar da saúde de diversas formas — inclusive da saúde das artérias. Uma rotina de caminhada diária ou até mesmo exercícios simples em casa podem ser um começo. Para encontrar o que melhor funciona para você, é recomendável consultar um médico antes de começar.
O otimismo também pode ser um aliado. Um estudo realizado pela Universidade de Michigan constatou que os otimistas correm menos riscos de AVC. Os pesquisadores acreditam que os efeitos protetores do otimismo estão no fato de que essas pessoas fazem escolhas mais saudáveis.
Por fim, talvez um dos métodos de prevenção mais importantes: o cuidado com a alimentação. Muitas recomendações feitas à pessoas com doença cardiovascular, hipertensão arterial e colesterol alto se aplicam a pessoas que já tiveram ou correm risco de ter um derrame cerebral. Confira 8 mudanças na sua dieta que podem ajudar na prevenção do AVC:
Um bom ponto de partida é reduzir o consumo de gorduras, em especial as saturadas e de origem animal. As gorduras trans e os óleos de coco e de palma também entram na lista. Evitar o fast-food é também a prioridade número 1 da lista!
Alimentos ricos em fibras solúveis, como a linhaça, a lentilha e a aveia, ajudam a controlar os níveis de colesterol. Dietas que incluem esses alimentos reduzem também o risco de aterosclerose, que possibilita o AVC.
O consumo de grãos integrais é importante aliado na proteção contra o AVC, uma vez que dados sugerem que uma alimentação rica em grãos integrais reduz os riscos.
Evidências preliminares sugerem que o resveratrol, um fitoquímico presente na uva, nas nozes e no vinho tinto, inibe a formação de coágulos e ajuda a relaxar os vasos sanguíneos. Estudos populacionais sugerem que os flavonoides da alimentação, em especial a quercetina, presente na maçã e em frutos silvestres.
Alguns alimentos parecem diminuir o risco de AVC. Alguns peixes, por exemplo, são ricos em ômega-3, que ajudam a prevenir a formação de coágulos ao reduzir a aderência das plaquetas. Os médicos recomendam o consumo de salmão, truta, sardinha ou outros peixes de água fria de duas a três vezes por semana.
Outras boas fontes de ômega-3 são nozes, óleo de canola, óleo de linhaça, soja e verduras folhosas.
Derivados desnatados ou semidesnatados do leite contêm cálcio, potássio, magnésio e vitamina D. Esses nutrientes ajudam a reduzir a pressão arterial, um importante fator de risco para o derrame cerebral.
O alho e a cebola parecem reduzir a tendência do sangue a coagular e também estimulam os mecanismos naturais do corpo de dissolver os coágulos.
Qualquer pessoa com hipertensão arterial ou histórico familiar de pressão alta ou AVC deve restringir o consumo do sal. Além disso, o consumo de álcool também representa um fator de risco para homens e mulheres. Diversos estudos associam o consumo excessivo ao aumento da incidência de AVC – e o risco cresce ainda mais se a pessoa também fumar.