A aterosclerose é um problema que pode ser atenuado ou evitado através da alimentação. Siga essas orientações para uma alimentação ideal.
Douglas Ferreira | 10 de Outubro de 2020 às 22:25
À medida que envelhecemos, nossas artérias perdem parte da elasticidade e ficam mais rígidas. Isso pode evoluir para uma condição progressiva, conhecida como arteriosclerose ou endurecimento (esclerose) das artérias. A aterosclerose é o tipo mais comum de arteriosclerose. É causada pelo acúmulo de placas gordurosas nas artérias.
Coágulos sanguíneos tendem a se formar nas placas gordurosas de aterosclerose, levando a alto risco de infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC). O colesterol é o principal componente da placa aterosclerótica. E vários estudos correlacionam níveis sanguíneos elevados de colesterol e triglicerídeos à aterosclerose.
A maioria dos homens por volta dos 50 anos apresenta algum grau de aterosclerose. Nas mulheres, o processo demora mais, presumivelmente graças aos efeitos protetores do estrogênio durante a fase reprodutiva. Após a menopausa, a probabilidade de obstrução importante das artérias das mulheres é igual a dos homens.
A causa precisa da aterosclerose não é conhecida. Entretanto, a maioria dos especialistas concorda que a suscetibilidade genética e uma combinação de fatores ligados ao estilo de vida aceleram o processo: alimentação rica em gordura e colesterol, tabagismo, excesso de estresse e sedentarismo. Diabetes e hipertensão mal controlados também podem contribuir.
Pesquisadores concordam que a alimentação tem um papel crucial, tanto no desenvolvimento quanto no tratamento da aterosclerose. Leia estas orientações para retardar ou prevenir seu surgimento:
A ingestão total de gorduras não deve exceder 20% a 35% das calorias, e as gorduras saturadas (encontradas principalmente em produtos de origem animal) não devem ultrapassar 10% das calorias totais. Algumas estratégias incluem:
Além disso, especialistas sugerem reduzir o consumo de ácidos graxos trans e gorduras hidrogenadas. As gorduras trans são resultado de hidrogenação e aumentam comprovadamente os níveis do colesterol “ruim”. São encontradas em alimentos industrializados, como biscoitos doces e salgados, e petiscos, como batatas fritas.
Embora não se acredite que a alimentação rica em colesterol seja tão prejudicial quanto uma dieta rica em gordura, em algumas pessoas a primeira eleva os níveis de lipídios sanguíneos.
Você está com o colesterol alto? Saiba como evitar e tratar esse problema!
Os ácidos graxos ômega-3 do salmão, da sardinha e de outros peixes de água fria reduzem os níveis de triglicerídeos. E também diminuem a tendência à formação de coágulos sanguíneos. As gorduras monoinsaturadas do azeite de oliva, das amêndoas e do abacate, ao substituírem gorduras saturadas, ajudam a reduzir o LDL-colesterol.
Farelo e cereais de aveia, leguminosas, cevada, goma de guar, psyllium e frutas que contêm pectina (como pera, maçã e frutas cítricas) são ricos em fibras solúveis que reduzem o colesterol no sangue, provavelmente por interferirem na absorção intestinal de ácidos biliares e forçarem o fígado a usar o colesterol circulante para produzir mais bile.
Frutas e hortaliças coloridas contêm betacaroteno e vitaminas C e E, que, conforme indicam estudos, evitam o acúmulo de LDL-colesterol nas placas ateroscleróticas. A proteína da soja ainda ajuda a aumentar os níveis de HDL-colesterol (o “bom” colesterol) e fornece proteção antioxidante.
Além de medicamentos como niratos, betabloqueadores e estatinas, mudanças no estilo de vida podem ajudar:
Estudos mostram que exercícios suaves a moderados podem proteger contra a doença.
O cigarro prejudica a estrutura dos vasos sanguíneos.
Um médico deve monitorar a pressão e a glicemia.